São Paulo tira Abilio Diniz de reunião sobre plano de reforma.

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UOL

Guilherme Palenzuela

  • Ana Paula Paiva/Valor

    Estimulador do plano de reforma, Abilio Diniz não participará de reuniãoEstimulador do plano de reforma, Abilio Diniz não participará de reunião

O conselho consultivo do São Paulo vai se reunir na sexta-feira (28) com o presidente Carlos Miguel Aidar para falar sobre o plano de reforma de gestão, finalizado pelo CEO Alexandre Bourgeois e que agora passará por uma reunião de diretoria para ser aprovado. Estimulador principal do plano de reforma e membro do conselho consultivo, o empresário Abilio Diniz foi informado que não poderá participar da reunião.

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Presidente do conselho consultivo, José Eduardo Mesquita Pimenta comunicou Abilio Diniz do veto. O empresário não gostou porque gostaria de participar da discussão com Aidar. Na visão de parte dos envolvidos, o movimento afasta as possibilidades de que o plano de reforma seja aprovado nos moldes propostos por Abilio Diniz, com redução de poder do presidente e de outros que ocupam cargos estatutários. Para outros, a ausência de Abilio Diniz se faz necessária porque sua presença inibiria os membros – incluindo Aidar – de falar claramente sobre temas mais espinhosos. Os oposicionistas prometem pressionar o presidente com questões sobre a administração do clube.

Abilio Diniz foi quem recomendou a contratação de Alexandre Bourgeois para o cargo de CEO. O empresário também discursou no conselho deliberativo sobre a implementação do plano de governança que tem como objetivo afastar presidente, vice-presidentes e diretores de funções executivas e profissionalizar o São Paulo a partir da criação de um conselho de administração e da contratação de profissionais remunerados.

O conselho consultivo é composto por todos os ex-presidentes do São Paulo, chamados membros conselheiros, e por alguns são-paulinos ilustres, como Abilio Diniz, chamados membros consultores. Por decisão do presidente Mesquita Pimenta, apenas os membros conselheiros foram convocados – Juvenal Juvêncio, hoje ferrenho opositor da gestão Aidar, afirmou a pessoas próximas que irá.

Na sexta-feira, após a reunião do conselho consultivo, Aidar irá se reunir com a própria diretoria para, possivelmente, aprovar o plano de reforma.

O plano de implementação de governança corporativa é atualmente visto por parte da diretoria do São Paulo como única saída pra resolver o delicado momento financeiro do clube, com dívida avaliada em R$ 277 milhões, e para que possa criar um fundo de investimento cujo objetivo é liquidar a dívida bancária. Uma vez que implemente a governança corporativa, o São Paulo ganha um certificado de credibilidade e abre caminho para negociar com bancos e captar recursos em curto prazo, além de transparecer segurança para investidores.

Os obstáculos neste momento para a implementação da governança corporativa estão na resistência dos dirigentes estatutários, não-remunerados, que perderão poder de execução e decisão em seus departamentos após a contratação de profissionais. Tal resistência faz com que desde a apresentação do projeto o CEO passe por um processo de fritura dentro do clube.