Elenco são-paulino tenta se blindar de política do clube: “Só atrapalha”

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GloboEsporte.com

Tossiro Neto

Porta-voz dos jogadores nesta quarta-feira, o lateral-esquerdo Carlinhos preferiu se distanciar da polêmica a respeito da demissão do CEO, na semana passada.

A luta dentro de campo por uma vaga na Taça Libertadores já exige bastante do elenco do São Paulo. É isso que dizem os jogadores quando questionados sobre os problemas de bastidores na diretoria. O mais recente deles é o desdobramento da demissão de Alexandre Bourgeois do cargo de CEO (chief executive officer) do clube.

Nesta terça-feira, menos de uma semana depois de ter sido comunicado da demissão, o diretor executivo revelou ter sido ameaçado pelo assessor do presidente Carlos Miguel Aidar, Olivério Júnior, em uma sala de reuniões do Morumbi. O mandatário emitiu nota oficial de resposta, na qual, em resumo, questionou o “pífio” trabalho feito pelo executivo.

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– Todo clube tem problema de política, demissões. Jogador não pode deixar isso passar para dentro de campo. Sabemos disso. Está sendo assim desde o começo do ano. Nós já temos nossos problemas em campo para resolver. Mais problemas fora de campo só atrapalham – distanciou-se do assunto o lateral-esquerdo Carlinhos, nesta quarta-feira.

Carlinhos São Paulo (Foto: Tossiro Neto)
Carlinhos prefere não discutir as polêmicas de política envolvendo o clube (Foto: Tossiro Neto)

A principal preocupação de Carlinhos e companhia neste momento é a Chapecoense, adversário de quinta-feira, no Morumbi. O São Paulo ocupa a quinta colocação do Campeonato Brasileiro, com os mesmos 41 pontos do Flamengo, e pode volta ao G-4 em caso de tropeço da equipe carioca na rodada.

– O São Paulo sempre joga para vencer. Mas, por tudo o que foi feito no final de semana, não podemos deixar de ganhar esses três pontos em casa – cobrou o jogador, referindo-se ao difícil triunfo sobre o Grêmio, em Porto Alegre, no domingo passado. Foi o primeiro revés do time gaúcho em casa na competição.

Em campo, há desfalques, dúvidas (como o meia Paulo Henrique Ganso, que acusou dor no joelho direito) e retornos (o goleiro Rogério Ceni e o atacante Luis Fabiano). Fora dele, o São Paulo segue atravessando momento turbulento. Paulo Ricardo Oliveira, executivo contratado para o lugar de Bourgeois, terá a missão de contornar a crise financeira. A dívida é de R$ 272 milhões.