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O lateral direito Bruno, titular do São Paulo, falou nesta segunda-feira no CT da Barra Funda após a vitória sobre o Internacional, no sábado, pelo Brasileirão – na qual o time do técnico Juan Carlos Osorio jogou com 12 desfalques. No aniversário dos 25 anos do capitão Rogério Ceni no clube, Bruno, que chegou ao clube em janeiro, falou sobre o papel de líder do goleiro, descreveu as atitudes de vestiário e usou o apelido de “Mito” para elogiá-lo.
“Justifica muito o apelido de Mito. É muito gratificante fazer parte desta história, estar com ele no dia a dia aprendendo nos jogos e treinos. É tranquilo, mas chama a responsabilidade, vai aos jogos mesmo estando fora. Tenho que dar os parabéns pelo dia dele e agradecer, porque é uma experiência muito boa”, falou Bruno.
O jogador que saiu do Fluminense para jogar no Morumbi comparou Rogério Ceni a Fred e disse que o goleiro é aberto a conversas e sempre ajuda companheiros de elenco a resolverem possíveis problemas no clube.
“Quando eu cheguei fiquei muito ansioso, ainda mais pela história dele com o clube. É um grande jogador e é uma excelente pessoa, que cobra e ajuda muito. A liderança dele é excelente. Um cara que chega junto como ele é o Fred, nos tempos do Fluminense. Me surpreendeu por apoiar, ajudar, dar opinião, mas cobrar. Ele batia no peito e corria pelos jogadores. E o Rogério é a mesma coisa aqui. Se precisa de alguma coisa, pode chegar nele e conversar. Ele vai te ajudar a resolver”, disse o lateral. “Ele não manda nos jogadores, ele só ajuda. Mesmo vendo alguma coisa errada, ele vem e conversa, aconselha e aí vai do jogador querer aceitar. E como é ele, com a história e qualidade que tem, de ver na frente, você tem que absorver para evoluir como ele”, acrescentou.
Bruno ainda descreveu o primeiro encontro que teve com Rogério Ceni, em janeiro, quando visitou o CT para assinar contrato. “Eu cheguei para fazer exames ainda nas férias, mas não tinha ninguém. Quando cheguei mesmo fiquei com receio, mas é umma pessoa muito bvacana, que agrega e deixa o jogador à vontade. É simples, tira o melhor do companheiro no campo e todos que estão chegando agora foram acolhidos muito bem. É um cara que só ajuda. Eu fiquei receoso, mas ele cumprimentou, deu as boas vindas e foi muito legal”, comentou.
O lateral disse que não consegue imaginar como um atleta fica 25 anos num mesmo clube e colocou dúvidas sobre a decisão de Ceni sobre se aposentar no fim desta temporada, prestes a completar 43 anos de idade.
“Parar ou não é com ele. O nível está excelente, vive e treina o São Paulo. Sempre está aqui fazendo o que precisa de tratamento, fortalecimento… A gente só tem a ganhar com isso até o fim do ano. Depois é com ele. Deve ser difícil tomar essa decisão é uma vida inteira aqui dentro, uma história bonita. Temos que aproveitar cada minuto para levar para o resto da carreira”, disse. “Acho que é difícil, mas impossível. Não me veria 25 anos num clube, mas ele fez uma história linda de títulos e de crescimento nas dificuldades. Por isso é o Rogério. Temos que aprender e absorver as coisas boas para ser um bom atleta”, completou.