UOL
Guilherme Palenzuela
Alexandre Pato foi mais uma vez o voluntário para entrevista coletiva no São Paulo. Nesta segunda-feira, no CT da Barra Funda, o atacante saiu em defesa do técnico Juan Carlos Osorio, que poupou mais da metade do time titular na derrota para o Avaí, por 2 a 1, domingo, pelo Brasileirão. Pato afirmou que a distância para o Corinthians é “muito grande”, que o São Paulo briga para ir à Copa Libertadores e se esquivou sobre a possibilidade de voltar ao ex-clube.
“Sabemos que ser campeão é muito difícil, Corinthians tem uma distância muito grande dos outros. Nós sabemos que tem a vaga pra Libertadores, mas esse negócio de poupar… tem o jogo do fim de semana contra o Palmeiras, é muito importante. Nosso objetivo é Libertadores. Mas acho que o titulo brasileiro, sabemos que é muito difícil, quase impossível, estamos muito longe dos líderes e temos que trabalhar para jogar a Libertadores”, falou Pato. “Posso falar que o G-4, sim, é muito perto, mas sabemos que Copa do Brasil é um título inédito para o São Paulo. Se você quer jogar título no ano que vem você tem que jogar a Copa do Brasil. Temos que primeiro buscar o título”, acrescentou.
“Acho que a torcida tem que entender as posições do Osorio. Se ele pediu para poupar alguns jogadores, tenho certeza que ele priorizou esse jogo contra o Vasco, até mesmo o Palmeiras e na próxima semana já tem jogo contra o Vasco de novo”, falou o atacante, que entrou no segundo tempo do jogo – Bruno e Thiago Mendes também começaram no banco de reservas. Michel Bastos e Luis Fabiano forçaram o terceiro cartão amarelo para cumprir suspensão, uma vez que não jogariam, e Rogério Ceni não foi relacionado.
Ainda sobre o Corinthians, Pato elogiou o técnico Tite, que motivou seu retorno ao futebol brasileiro no início de 2013, mas se esquivou sobre a possibilidade de voltar ao ex-clube caso o São Paulo não consiga mante-lo após o término do empréstimo, em 31 de dezembro de 2015.
“O Tite para mim foi fundamental nesse período que estou aqui no São Paulo. Antes de vir para o Brasil eu conversava com Tite no telefone, trocava mensagens. Ele me perguntou, eu aceitei, falei que viria, ele me ajudou nessa função de voltar, que eu queria saber o que tinha, se lesões musculares ou coisa crônica, e não era nada. Nesse momento que eu estou, Osorio faz muito parte, Muricy faz muito parte, e Tite tem uma parte nisso. Não sei o que vai acontecer, tenho que respeitar a diretoria. Sou um jogador profissional, tenho que fazer aquilo que está no papel”, falou.
Pato admitiu que se entristeceu por não ter sido convocado por Dunga naquele que julga ser seu melhor momento da carreira – é artilheiro do time na temporada, com 22 gols. “Seleção, você tá no melhor momento e fica sim com esperança. Você não ver seu nome, você fica triste, mas bola pra frente, tenho que trabalhar para quem sabe ser lembrado”, disse.
