San-São de um time só na Vila Belmiro: veja análise do clássico

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GloboEsporte.com

Adilson Barros

Santos comanda duelo diante um São Paulo apático e sem força. Com os 3 a 0, Peixe avança e cola no G-4. Tricolor se mantém em quarto.

Santos e São Paulo entraram em campo, nesta quarta-feira, na Vila Belmiro, pela 24ª rodada do Brasileirão, iguais em objetivos e nos desfalques importantes. O Tricolor, sem Rogério Ceni e Luis Fabiano, jogou para manter a quarta posição – e conseguiu. O Peixe, sem Lucas Lima e Geuvânio, queria se aproximar no G-4 – conseguiu também.

A igualdade, porém, ficou por aí. O clássico foi absolutamente desequilibrado. O Santos mandou no jogo, atuando com força na marcação, boas triangulações e rapidez nas transições – bem a seu estilo: foram 14 finalizações, contra nove do São Paulo, que até teve mais posse de bola (53%), mas não sabia o que fazer com ela. O Tricolor errou 28 passes, marcou muito mal e ficou à mercê do adversário. Os 3 a 0 resumem bem a superioridade dos donos da casa.

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Com o triunfo, o Peixe foi a 37 pontos, subindo para o sexto lugar. O Tricolor, em quarto, está apenas um ponto à frente.

 

lampejo tricolor

O São Paulo tentou colocar o Santos em apuros logo no início da partida, com seus jogadores bem adiantados, buscando pressionar as saídas de bola do adversário. A estratégia quase deu certo no primeiro lance da partida, quando um erro de passe de Gustavo Henrique colocou a bola no pé esquerdo de Ganso. O meia passou para Rogério, que errou o chute.

peixe acorda

O lance de perigo do São Paulo logo no primeiro minuto não passou de um espasmo. A partir daí, o Tricolor passou a errar passes, afrouxou a marcação, deu campo para o Santos jogar. E aí, já viu: mesmo sem ser brilhante, o Peixe ficou à vontade para fazer seu jogo rápido, sempre em busca do gol. O lance acima mostra isso: Gabriel, Longuine, Marquinhos Gabriel e Ricardo Oliveira. Em poucos toques, o time santista chegou e só não abriu o placar porque Thiago Maia perdeu chance incrível.

quem sobe? braz!

A chance perdida, porém, foi exceção e não regra para os santistas. Logo o time pularia à frente do placar, com David Braz completando de cabeça cobrança de falta de Zeca, aos 31.

vacilou? perdeu…

Agora era o Santos quem pressionava as saídas do São Paulo. Se o time tricolor já errava passes simples, imagina sob pressão? Aos 42, Reinaldo saiu jogando errado, Renato roubou e passou para Gabriel, que rolou para Longuine marcar o segundo.

santos define

O São Paulo voltou entregue para o segundo tempo. O técnico Juan Carlos Osorio bem que tentou colocar o time à frente, com Wesley no lugar de Hudson e Michel Bastos na vaga de Wilder Guisao. A intenção era ocupar o meio-campo, que era dominado pelos santistas. Não houve tempo para observar as mudanças. Aos 7, o Santos chegou novamente à frente, com boa jogada combinada por Renato e Victor Ferraz. O lateral foi à linha de fundo e acertou ótimo cruzamento para Ricardo Oliveira marcar. E a zaga do São Paulo só olhando…

último suspiro

Com os 3 a 0, o técnico Dorival Júnior resolveu poupar jogadores. Tirou Longuine, Gabriel e Ricardo Oliveira. Entraram Serginho, Marquinhos e Nilson, jogadores que não acrescentaram nada à partida. Sinal de que, para o Peixe, os minutos finais seriam mera obrigação. O São Paulo até chegou a acertar o travessão, com Michel Bastos, aos 42. Mas era tarde demais. O San-São terminou com o Peixe animado com a ascensão rápida no campeonato e o Tricolor em parafuso, ainda no G-4, mas com muitas falhas a serem acertadas.

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