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Marcelo Hazan
Volante do São Paulo diz não ter ouvido declaração crítica de Osorio sobre o assunto, mas reconhece que paz interna contribui para bom rendimento dentro de campo.
O conturbado ambiente político do São Paulo foi alvo de reclamação do técnico Juan Carlos Osorio, após o empate sem gols com a Chapecoense, na última quinta-feira, no Morumbi. Nesta sexta-feira, na reapresentação no CT da Barra Funda, foi a vez de Wesley falar sobre o assunto e reconhecer interferência dos bastidores do Morumbi no futebol.
Nos últimos dias, o presidente Carlos Miguel Aidar, o ex-CEO Alexandre Bourgeois e o empresário Abílio Diniz trocaram críticas públicas, após a demissão do profissional contratado.
– Não acompanhei o que o professor disse, mas quando está tudo certo, dentro de campo também ajuda. Nós ficamos fora disso (briga política). Trabalhamos pensando na nossa parte. O São Paulo sempre foi organizado. Se estiver bem lá (Morumbi), aqui também flui melhor. A sincronia funciona melhor. Mas todos estão tranquilos para jogar, porque isso foge do nosso controle – disse Wesley.
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Vaiado pela torcida ao ser substituído por Auro, durante o segundo tempo do empate, o jogador disse entender a atitude da torcida diante da má atuação do São Paulo. Wesley também reconheceu a diferença no rendimento do time em jogos dentro e fora de casa. Depois da boa vitória sobre o Grêmio, por 2 a 1, em Porto Alegre, o Tricolor pouco criou contra a Chapecoense.
– Não precisamos falar que o São Paulo é grande e sempre luta por títulos. É complicado jogar bem fora e em casa oscilar. O torcedor quer o resultado sempre. É normal vaiar quando não vem o resultado. Eles pagam ingresso e querem o time bem. Não estamos conseguindo jogar da mesma maneira dentro e fora de casa. O São Paulo é grande e precisamos o quanto antes dar uma boa cara para o time – afirmou o volante.
Wesley, por fim, espera confronto complicado com o Avaí, domingo, às 16h, na Ressacada, em Florianópolis. Ele reencontrará o técnico Gilson Kleina, seu comandante no Palmeiras em 2014. O jogador também disse acreditar que a briga do São Paulo é pelo G-4. O time está na quarta posição, com 42 pontos.
– Temos de honrar a história gigantesca do São Paulo. Vamos dar o máximo. O técnico deles é o Gilson Kleina. Trabalhei com alguns jogadores de lá. Ele (Kleina) vai querer motivar e dar a vida, por conta do resto do campeonato. Mas nós também vamos lutar para seguir no G-4. Estamos no G-4 e esperamos seguir assim para ter um final de ano feliz – finalizou.
Osorio não terá para esse jogo Michel Bastos e Luis Fabiano, suspensos. O colombiano espera a recuperação de Paulo Henrique Ganso, baixa contra a Chapecoense por conta de dores no joelho direito.