Ataíde chama Aidar de “desonesto” e diz que vai até o fim contra corrupção

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 UOL

Ataíde Gil Guerreiro falou neste domingo (18) pela primeira vez após reassumir o cargo de vice-presidente de futebol do São Paulo após a renúncia do presidente Carlos Miguel Aidar, ameaçado por um processo de impeachment. Pivô da renúncia de Aidar, com quem brigou uma semana antes, Ataíde Gil Guerreiro falou no Morumbi sobre a gravação que diz ter feito, na qual o ex-presidente confessaria tentativas de desvio de dinheiro do clube.

“A gravação é apenas um fato dentro de vários outros fatos. Estava muito tempo preocupado com outras coisas, fiz esse papel triste, algo que não está na minha índole, mas quando você trata com pessoas desonestas você tem que ser desonesto. Sobre a briga, foi um momento de cabeça quente e que não faz parte da minha índole”, disse o Ataíde antes do jogo contra o Vasco pelo Campeonato Brasileiro.

“A fita vai ao conselho (deliberativo do clube). Vou até o fim no caso contra Carlos Miguel Aidar. E eu acabava fazendo papel de bobo. Eu estava desconfiado, não encontrava prova. Você não pode fazer uma acusação tão grande assim enquanto não tiver a prova. Achei que tinha de fazer ato não ortodoxo, ato fora das regras de um cavalheiro”, continuou.
Ataíde Gil Guerreiro disse que não tinha conhecimento sobre as práticas de Aidar e que iniciou investigação ao identificar suspeitas. Ele afirma que as decisões eram tomadas de forma unilateral pelo então presidente Carlos Miguel Aidar.
“Nos casos de Douglas, Wesley e Denílson não teve nenhuma participação minha. O Denílson não foi negociação, foi uma exigência de pagamento de uma comissão de um empresário”, acusou.
Aidar não se pronunciou em momento algum sobre as acusações de corrupção. A única manifestação do ex-presidente foi uma carta de despedida a funcionários no ato de sua renúncia.