Conselho de Ética do São Paulo abre apuração de briga entre Ataíde e Aidar

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GloboEsporte.com

Marcelo Hazan e Tossiro Neto

Episódio em hotel da capital paulista pode ocasionar a expulsão de ambos. Ao final do processo, fatos serão expostos ao presidente do Conselho Deliberativo e plenário.

Ataíde Gil Guerreiro e Carlos Miguel Aidar, São Paulo (Foto: Marcos Ribolli)

Ataíde Gil Guerreiro e Carlos Miguel Aidar: dupla pode ser expulsa do São Paulo após briga no começo do mês (Foto: Marcos Ribolli)

Em reunião na noite desta segunda-feira, o Conselho de Ética e Disciplina do São Paulo abriu processo para apurar a briga entre Carlos Miguel Aidar e Ataíde Gil Guerreiro em um hotel da capital paulista, onde eram realizadas reuniões da antiga diretoria. O episódio, que ocorreu no dia 5 de outubro, pode resultar até na exclusão de ambos do quadro de associados.

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Segundo o artigo 34 do estatuto do clube, constitui infração passível até de exclusão o “mau comportamento do associado nas dependências do Clube consideradas estas, por extensão, os centros de treinamento e outras assemelhadas, ou como representante deste em qualquer local”.

A apuração, iniciada com solicitação das versões do fato aos dois envolvidos, foi motivada por um ofício elaborado por conselheiros que faziam oposição à gestão de Aidar, o qual não suportou a pressão das acusações de corrupção e deixou a presidência há exatamente uma semana. O ofício foi protocolado no mesmo dia da renúncia.

Reduzida por Aidar a “uma discussão acalorada”, a briga se deu no hotel Radisson, na zona sul da capital paulista. De acordo com relatos ouvidos pelo GloboEsporte.com, Ataíde (que chegou a ser exonerado da vice-presidência de futebol, mas já recolocado no posto após a saída do presidente) acertou um soco em Aidar, que caiu no chão e teve que ser ajudado por garçons e seguranças. A briga teria sido filmada por câmeras do local.

No ofício, os conselheiros argumentam que o episódio, “ainda que divergentes as versões, parece ter desbordado em muito o decoro, temperança, interesses e boa imagem do Clube”. O texto acrescenta que parece “haver, no mínimo, indícios de que ambos praticaram a conduta inconveniente e incompatível com as tradições” do São Paulo.

Caso o Conselho de Ética julgue necessário, as imagens das câmeras podem ser solicitadas judicialmente em nome do clube. O comitê é formado por cinco conselheiros: Wilton Brandão Parreira Filho, Antonio Luiz Belardo, Renato de Albuquerque Ricardo, Mário Lourenço e José Moreira. Ao final da apuração, os fatos serão expostos ao presidente do Conselho Deliberativo e ao plenário.