Ex-presidente, Paulo Amaral pode ser rival de Leco em eleição do São Paulo

67

GloboEsporte.com

Marcelo Hazan e Tossiro Neto

Conselheiro confirma ter recebido contatos da oposição e analisa a possibilidade. Além de dois títulos, ele ficou marcado pelo afastamento de Rogério Ceni, em 2001.

São Paulo Paulo Amaral (Foto: Daniel Guimarães/saopaulofc.net)

Ex-mandatário está na Europa, mas volta ao Brasil na terça (Foto: Daniel Guimarães/saopaulofc.net)

Publicidade

Presidente do São Paulo entre 2000 e 2002, Paulo Amaral Vasconcellos poderá ser concorrente de Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, na próxima eleição, que deverá ser realizada em 27 de outubro. O ex-dirigente confirmou à reportagem que foi consultado por uma coalização de grupos de oposição e estuda a possibilidade.

Neste caso, se topar a candidatura, Amaral teria que registrá-la até a próxima quinta-feira, cinco dias antes do pleito, como exige o estatuto. No momento, ele se encontra na Itália, mas tem retorno previsto ao Brasil para terça, dois dias antes.

Embora tenha conquistado dois títulos em sua gestão (Campeonato Paulista de 2000 e Rio-São Paulo de 2001), ele também ficou marcado por episódio com Rogério Ceni. Em 2001, o goleiro foi afastado por quatro semanas, sob a acusação de forjar proposta do Arsenal, da Inglaterra, a fim de obter aumento salarial – o que foi negado pelo jogador, mais tarde reintegrado.

– Isso não atrapalha (a candidatura). São águas passadas – minimiza o ex-mandatário.

Agora presidente, Leco promete investigar acusações contra Aidar

Amaral, que presidiu o clube até abril de 2002, deixou de participar ativamente da política são-paulina por um longo período, tendo se reaproximado no ano passado, quando participou da campanha de Kalil Rocha Abdalla, candidato que fazia oposição a Carlos Miguel Aidar.

Possível candidato não acredita que haveria rejeição pelo episódio de 2001 com o goleiro Rogério Ceni

São justamente outros membros que apoiavam Kalil, pela chapa “SPFC Forte”, seus principais incentivadores, juntamente com integrantes do “Tradição”. Eles esperam apoio também de conselheiros que integravam a base aliada de Aidar, pelos grupos “Vanguarda”, “Força São Paulo” e “Movimento São Paulo, mas que se afastaram do ex-presidente.

Com passado banqueiro, Amaral é visto por essa coalização como um nome capaz de equilibrar financeiramente o São Paulo, cuja dívida é de R$ 272 milhões. Atualmente, ele é vice-presidente do departamento de finanças da Federação Paulista de Futebol.

O Conselho Deliberativo, do qual Leco ainda é chefe – ele acumulas as duas presidências até o pleito –, tem ao todo 240 cadeiras, sendo 160 para membros vitalícios e 80 para temporários. A expectativa é de que cerca de 180 conselheiros participem. Para cumprir o restante do mandato de Aidar (até abril de 2017), é necessário ter maioria simples de votos (50% mais um).

2 COMENTÁRIOS