Hora de unir o São Paulo e sonhar grande

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UOL

Abilio Diniz

 

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Sou um sonhador e gosto de sonhos grandes. Eles são mais divertidos que os pequenos. Gosto de sonhar com um mundo melhor, com menos desigualdade e mais fraternidade, com mais saúde e menos doenças, mais alegria e menos tristeza.

O meu sonho grande em relação ao nosso querido São Paulo é que ele seja um exemplo no futebol brasileiro e mundial, dentro e fora do campo.

Acompanhei de muito perto os desdobramentos da crise de gestão que levou à histórica renúncia do presidente Carlos Miguel Aidar.

Quem acompanha este blog sabe como ataquei o que tinha de atacar e apoiei o que achei merecedor do meu apoio, inclusive a renúncia. Ela foi o caminho mais rápido para o clube começar a resolver os seus graves problemas.

Não tenho atuação nem ambição política no SPFC. Meu envolvimento é movido pela paixão. E pelo desejo de resgatar o clube dessa situação crítica. E isso nós só conseguiremos com uma gestão profissional, que possa trabalhar com urgência, eficiência e estabilidade.

Este não é o momento de estimular brigas e acertos de contas. Este é o momento de unir o São Paulo em torno de soluções.

Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, como presidente do Conselho Deliberativo, órgão máximo do clube, merece o nosso apoio agora na presidência do SPFC. Ele precisa de paz para conduzir as eleições de forma ordenada e construtiva. Devem prevalecer as propostas e os interesses do clube, não os interesses de pessoas ou grupos.

E mais do que as questões políticas, o grande desafio do Leco é a gestão financeira. Venho alertando sobre isso há meses, e a situação só se agravou. Ele está recebendo o clube praticamente sem caixa e ainda precisa reestruturar a administração.

Tenho confiança que Leco tem a capacidade de fazer o que é preciso. E sigo disposto a ajudar com minha experiência de gestão.

Minha oferta para financiar a contratação de uma grande empresa de auditoria segue de pé, pois o primeiro passo para corrigir a gestão de qualquer organização é conhecer de forma clara e precisa a sua situação.

Em meio a tantas dificuldades, é possível ver sinais positivos. A renúncia é um deles, assim como a possibilidade de termos uma gestão profissional, democrática e participativa no São Paulo, que evite novos e velhos erros.

As prisões de dirigentes da FIFA e da CBF mostram que vivemos momento propício para combater os males que afligem o futebol há décadas. Esse movimento deve continuar. Se for bem-sucedido, vai estimular ainda mais o mundo empresarial a participar da gestão do esporte no Brasil e no mundo.

O meu sonho grande é que o São Paulo seja um dos baluartes dessa evolução do futebol. Que a nova fase que se inicia no Morumbi seja o começo dessa caminhada. É hora de unir os são-paulinos para podermos, juntos, sonhar (e realizar) um sonho grande.

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