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Diogo Venturelli e Marcelo Hazan
Atacante marcou pela primeira vez na carreira no palco do duelo de quarta-feira com o Fluminense, em um Vasco x Botafogo de 2007. “Tem história. Estou empolgado”, diz.
Alan Kardec tem sua volta ao São Paulo programada para quarta-feira, no duelo com o Fluminense, às 22h, no Maracanã, pela 30ª rodada do Brasileirão. O palco por si só é especial, mas terá significado duplo de recomeço para o atacante. Na data, ele completará 196 dias fora dos gramados desde a grave lesão no joelho direito, sofrida em 1º de abril, diante do San Lorenzo, pela Taça Libertadores, e retornará ao palco onde marcou o primeiro gol.
Natural de Barra Mansa, no Rio de Janeiro, Kardec foi revelado no Vasco, onde jogou dos 10 aos 21 anos quase completos. No dia 11 de abril de 2007, ele estreou nas redes no empate por 4 a 4 com o Botafogo, classificado nos pênaltis na semifinal da Taça Rio.
– É especial. Foi o estádio onde fiz o primeiro gol da minha carreira, no segundo jogo como profissional. Tem toda uma história no Brasil e no mundo. Particularmente, tem essa história para mim. Estou empolgado. Se tudo ocorrer bem, como todos pensamos, tenho tudo pra voltar no estádio onde fiz o meu primeiro gol. Clinicamente estou 100%, mas são seis meses fora. Estou recomeçando do zero. Não sei se aguento 45, 60 ou 90 minutos, mas estou motivado – disse.
Para alcançar esse momento, Kardec teve de encarar seis meses e meio de um processo de recuperação classificado como cansativo no CT da Barra Funda. Durante esse tempo, viu o colombiano Juan Carlos Osorio chegar, no começo de junho, e sair para a seleção do México nesta semana, quando Doriva foi contratado.
– Ele trouxe filosofias e métodos, fez coisas boas e deu destaque individual a alguns jogadores. Mas agora temos de olhar para frente e valorizar a comissão de muita qualidade que temos hoje. Conhecem o clube e são vitoriosos. Eles têm história no futebol. Precisamos cativar os torcedores, pois a ajuda deles é importantíssima. O que aconteceu faz parte do passado. Precisamos olhar para o presente e o futuro. Temos uma grande chance de conquistar o título da Copa do Brasil (o Tricolor pega o Santos nas semifinais), que é muito difícil, mas está mais próximo comparado ao Brasileiro, e terminar o ano com chave de ouro – afirmou.
Mesmo com o longo tempo de inatividade, Kardec soma sete gols, dois a menos do que Luis Fabiano na temporada. Agora, ele terá no máximo 13 jogos para aumentar a marca: quatro na Copa do Brasil, se o Tricolor bater o Peixe nos jogos dos dias 21 (Morumbi) e 28 (Vila Belmiro) de outubro, e nove no Brasileirão, no qual o time é o quinto colocado, com 46 pontos, empatado com o Santos, mas atrás pelo saldo de gols (14 a 6).