Leco admite que SP pode ter Lugano em 2016: “Obrigação de analisar”

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UOL

Guilherme Palenzuela e Paulo Vinicius Coelho

Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, é presidente do São Paulo há três dias. E nos últimos três dias se acendeu no clube a possibilidade real de contratar o zagueiro uruguaio Diego Lugano, 34, para suceder Rogério Ceni como líder em 2016. Nesta sexta-feira (30), Leco recebeu o UOL Esporte no Morumbi para sua primeira entrevista exclusiva como presidente e falou sobre o possível retorno do ídolo – a entrevista completa será publicada neste sábado (31).

“Tem exigido de mim, da sensatez que eu tenha, a obrigação de analisar, de considerar este aspecto. Não está resolvido, mas não está descartado. É uma coisa que a gente precisa amadurecer um pouco mais”, disse Leco, questionado sobre qual é hoje a possibilidade do São Paulo contratar Lugano.

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O São Paulo atualmente analisa pontos positivos e negativos da contratação do zagueiro, que atualmente joga no Cerro Porteño, do Paraguai. A diretoria são-paulina concorda que Lugano não vive o auge técnico, teme que o retorno atrapalhe a evolução de revelações como Rodrigo Caio, Lucão e Lyanco, mas acredita que os benefícios de ter o uruguaio como modelo de comportamento no vestiário fazem a contratação valer a pena. Leco elogia o uruguaio, e diz que ele é o símbolo de liderança e raça do qual a torcida hoje sente falta. Para o presidente, isso pode compensar as deficiências da idade.

“É evidente que ela tem prós e contras, tem bônus e ônus. Lugano é uma figura maiúscula na nossa história. Lugano é um símbolo extraordinário na história do São Paulo. E é esse símbolo que a nossa torcida está reclamando, de liderança, de interesse, de raça, de alegria. E claro que isso tem que ser analisado dentro de um contexto maior, inclusive para saber se o Lugano está disponível, se está interessado em jogar no São Paulo, quanto custa”, falou o presidente.

“É uma análise que precisa ser feita de forma um pouco mais aprofundada. Eu ouvi um dia do Lugano, há muitos anos, há muitos anos, quando acho que ele jogava na Turquia e fez uma visita… Conversando, ele virou para mim e falou: “Doutor, eu não sei se para mim é bom voltar ao São Paulo, porque eu não conseguirei repetir o que já fiz e a minha imagem pode se comprometer”. Ele para mim, textual. Mas que ele é um são-paulino, ele é completamente são-paulino. É um homem interessado. E não significa que ele não possa ter outros atributos que justifiquem, que nos aconselhem a fazer isso. Que a nossa torcida quer eu tenho certeza, já deu para perceber”, completou.

Segundo pessoas próximas ao jogador, ele tem total desejo em voltar ao Morumbi e aceitaria a oferta desde que mantenha seu patamar salarial – ele recebe o equivalente a R$ 300 mil mensais no contrato com o Cerro Porteño, válido até junho de 2017. O contrato foi assinado com cláusula muito específica, que prevê liberação em caso de proposta do São Paulo.