Leco assume presidência do SP e diz que não irá “acobertar atos lesivos”

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UOL

Guilherme Palenzuela

Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, assumiu a presidência do São Paulo nesta quinta-feira e já anunciou que a eleição deverá acontecer no dia 27 deste mês, não esperará passar os 30 dias que tem direito.

“A data, eu não pretendo que seja feito esse processo em 30 dias. Vou antecipá-la, estou desenvolvendo a ideia que será feita no dia 27 deste mes”, falou.

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O presidente do conselho deliberativo falou em reconduzir o clube a ser exemplo. “Quis o destino que eu hoje estivesse aqui na condição de presidente interino com a incumbência de conduzir nesse momento delicado o processo. Quero reconduzir o São Paulo a ser exemplo de futebol brasileiro, de lugar de destaque no mundial”, disse em seu discurso.

O dirigente, que admitiu ter ouvido menos de um minuto da gravação de Ataíde Gil Guerreiro, também falou sobre transparência e que não aceitará acobertar atos que vão prejudicar o clube.

“Pacificação não pode significar conivência com mal feitos para acobertar atos lesivos ao São Paulo. Tudo será esclarecido por órgãos competentes, sem julgamento precipitado. Temos de enfrentar os problemas financeiros, criar condições de gestão sustentável, profissional e austera que exige o mundo. Não pode ser sinônimo de atraso, romper práticas clientelistas, compadrio e favores. Dizer não a falcatruas. Assistindo em toda parte prática em benefício próprio. Gestão mais transparente voltada a credibilidade”, completou.

O dirigente ainda disse que não esperava assumir o comando do clube, mas avisou que “está pronto” para o desafio.

“Eu não esperava estar aqui hoje, mas estou mais preparado que nunca para enfrentar o maior desafio da minha vida. O São Paulo é maior que todos nós e exige de nós agora é grandeza e eu conclamo meus companheiros que venham comigo nesta jornada. Nosso projeto é devolver ao São Paulo a confiança no relacionamento, a objetividade no trato das coisas, o compromisso com a verdade, sem subterfúgios”, afirmou.

Outro assunto abordado na coletiva de apresentação foi o problema jurídico de Iago Maidana. Leco considerou a situação como “delicada”.

“Questão espinhosa e delicada. Envolve aspectos de legalidade, de seu registro. Para isso o SP tem em seus quadros um advogado que está acompanhando os desdobramentos disso. É o Roberto Armellin. Daremos todos os nossos possíveis esforços”, falou.

O presidente interino também falou sobre sua intenção de se candidatar para a eleição que deverá acontece neste mês. “O que tenho recebido e percebido são manifestações inúmeras de diversos segmentos políticos do São Paulo. O que reitero aqui é que me posiciono como pretendente. Serei candidato. Não posso dizer se será chapa única, há possibilidade de. Mas não posso confirmar”, disse.

Leco ainda falou sobre Rogério Ceni. “Quero oferecer ao São Paulo a possibilidade de parar de discutir problemas menores, para celebrar coisas maiores, como a despedida do nosso ídolo, Rogério Ceni, quero falar dos nossos ídolos, de títulos, das nossas lutas, tranquilidade e orgulho”, finalizou.

Apesar de não ter nomes definidos para os demais cargos no São Paulo, Leco não descartou ter diretores que estiveram na gestão de Carlos Miguel Aidar. Ele ainda rechaçou o rótulo de centralizador.

“Alguns, sim (podem voltar). Os não comprometidos com coisas que são de alguma forma discutíveis, podem, perfeitamente. Outros com quem não tenho confiança necessária, certamente não”, falou. “Eu não sou do tipo que faz as coisas sozinho”, complementou.

O único nome anunciado por Leco foi o de Gustavo Vieira de Oliveira, ex- gerente executivo de futebol. Leco admitiu que fará convite ao filho de Sócrates.”Se quiserem um anúncio, eu vou convidar o Gustavo Vieira de Oliveira para o futebol”, afirmou.

Nesta sexta-feira, o presidente deverá estar no Centro de Treinamento da Barra Funda para se apresentar e conhecer os jogadores.