‘Pilhado’, Alan Kardec tenta motivar São Paulo para virar contra o Santos

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UOL

Ainda de cabeça quente pela derrota por 3 a 1 para o Santos no Morumbi, Alan Kardec decidiu que era preciso fazer algo para não deixar os colegas de São Paulo desmotivados. Foi então que o centroavante iniciou discurso inflamado sobre as chances do Tricolor na semifinal da Copa do Brasil e perguntou a cada companheiro se ainda havia esperança em reverter a vantagem do rival na Vila Belmiro, às 22h desta quarta-feira.

– Muita gente acredita, então vamos começar por aí. Partiu de mim mesmo e se temos qualidade, capacidade, somos um grupo, temos de acreditar que as coisas podem acontecer. A pergunta foi simples e bem na lata. “Você acredita?” Se alguém dissesse que não acreditava, eu diria que então: “a gente não precisa de você”. A verdade é essa. Dentro dessa pergunta, começa a surgir situações que podem acontecer. Acreditamos – contou o camisa 14.

E, para alcançar a virada sobre o Santos, Alan Kardec sabe que o caminho será tortuoso. A velocidade e badalação em cima do ataque alvinegro deixa os tricolores preocupados, mas serve também de combustível para fazer de uma possível virada um feito ainda mais histórico. Mesmo que a última derrota do Santos por placares que seriam suficientes para o São Paulo na Vila Belmiro tenha acontecido ainda em 2008, contra o Goiás.

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– Certamente será um jogo aberto. Todo mundo tem que estar consciente de que precisamos atacar mas também se doar. Essa força tem que partir de cada um, a questão do ego, para se valorizar. A confiança vem de dentro. Acreditar, olhar e saber que pode contar com cada um dentro de campo. Nos últimos anos não aconteceu, por isso é um fator que pode se transformar em história – destacou.

Kardec já tem na ponta da língua até as armas que o São Paulo deve utilizar na Baixada Santista nesta quarta. Além de tentar entrar em campo “pilhado” e como se fosse um torcedor fanático, o centroavante sabe que é preciso melhorar nas finalizações. No primeiro jogo, no Morumbi, a equipe de Doriva abusou dos gols perdidos, incluindo três chances claras justamente com Kardec.

– Eu como atleta, profissional quero vencer, estou pilhado e motivado. Jogador tem de passar essa imagem da motivação sobrando, da pilha no dia a dia. É olhar o placar, as chances que criamos e ver que temos condições. Torcedor fanático sempre acredita. Imagina a sensação de conseguir uma classificação na casa do adversário… Temos de acreditar que é possível e deixar tudo em campo. E ter frieza para definir as oportunidades. Aconteceu um placar que ninguém esperava, um pouco mentiroso, entre aspas, pelo que aconteceu na partida. Eu mesmo tive oportunidades boas, então o placar não poderia ter sido esse – lamentou.

Para avançar à decisão e encarar o vencedor de Palmeiras e Fluminense, o São Paulo precisa bater o Santos por três gols de diferença ou mais. Vitórias por dois gols serão suficientes somente a partir do 4 a 2 (5 a 3, 6 a 4…) devido à regra do gol qualificado fora de casa. Um 3 a 1 para o Tricolor leva a decisão para os pênaltis, enquanto o Peixe se classifica com qualquer vitória e empate, além de derrotas por um gol de saldo.

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