UOL
Guilherme Palenzuela
O vice-presidente de futebol do São Paulo, Ataide Gil Guerreiro, foi demitido do clube na última segunda-feira. O dirigente foi exonerado do cargo depois da briga pela manhã com Carlos Miguel Aidar, presidente do clube. Aidar o demitiu ainda na noite de segunda-feira, e na manhã desta terça-feira Ataíde Gil Guerreiro entregou carta de demissão, segundo o presidente.
“Ontem o exonerei e hoje ele pediu demissão. Ou seja, está duplamente exonerado”, falou Aidar, ao UOL Esporte. Ataíde Gil Guerreiro foi procurado, mas não atendeu aos telefonemas da reportagem. Ele esteve no CT da Barra Funda nesta terça-feira para se despedir do técnico Juan Carlos Osorio, que deverá anunciar até quarta-feira a demissão para assumir a seleção mexicana. Gil Guerreiro não se despediu ainda do elenco porque o elenco está de folga pelo terceiro dia seguido e só se reapresenta na quarta-feira.
O diretor de futebol Rubens Moreno também entregou o cargo: “Ataíde foi demitido ontem por mim e Moreno entregou o cargo hoje”, completou Aidar.
A demissão de Ataíde evidencia a briga ocorrida em reunião na manhã de segunda-feira no Hotel Radisson, no bairro do Itaim, na zona oeste de São Paulo. Dirigentes do São Paulo só discordam sobre a intensidade da agressão: se houve soco desferido pelo vice-presidente de futebol, se Aidar foi atingido no rosto e se foi derrubado pelo impacto no chão.
O episódio foi detalhado pelo Blog do Perrone. O motivo da briga, segundo dirigentes, foi uma somatória de discordâncias de Ataíde Gil Guerreiro em relação às condutas do presidente.
A demissão de Ataíde Gil Guerreiro faz com que, agora, o São Paulo não tenha um chefe do principal departamento do clube. O gerente de futebol executivo, braço-direito do agora ex-vice-presidente era quem conduzia o time e foi demitido por Aidar há quatro meses. Agora, o São Paulo terá de agir rápido para ocupar a posição de Gil Guerreiro.
A briga entre os dois principais dirigentes do clube também expõe a situação do São Paulo, que desde janeiro de 2015 sofre com polêmicas entre comissões financeiras, brigas políticas, demissões, e agora o caso Iago Maidana, considerado pelo empresário Abilio Diniz o “batom na cueca” do clube.