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O elenco do São Paulo se reapresentou com um clima de descontração após a vitória sobre o Sport, no último sábado, e os dois dias de folga oferecidos pela comissão técnica. Repleto de brincadeiras entre os atletas, o treinamento da tarde foi marcado pela longa duração e pela dificuldade dos são-paulinos em entender as orientações do auxiliar técnico de Doriva, Eduardo de Souza, responsável por comandar a atividade.
A primeira parte da movimentação, que durou duas horas e 20 minutos, um recorde desde a chegada do treinador, foi realizada dentro do Reffis. Depois, os atletas foram ao gramado, complementando o lado físico com tiros de corrida e competição para ver quem era o mais rápido. Até aí tudo bem, mas a complexidade na hora de colocar a bola no treinamento chamou a atenção de todos os presentes.
Primeiramente separados em dois grupos, cada um com três times, os atletas fizeram uma espécie de “bobinho”, apenas com toques rápidos, sempre de primeira. Depois, porém, ficaram os 28 jogadores reduzidos ao espaço de uma intermediária, com duas equipes diferentes, sendo que uma era responsável por tocar a bola desde o começo e a outra, além de desarmar, precisaria completar cinco passes.
Na ocasião, Eduardo tentou explicar que queria inversões de bola dos atletas que ficavam na parte “externa” do campo, demarcado por cones. Na primeira bola, porém, Ganso tocou de lado para Alan Kardec, e o auxiliar repreendeu o camisa 8. “Mas você disse que podia”, rebateu o armador. “Não, não”, desconversou Eduardo, pensando por mais cinco minutos nas regras da atividade, antes de bradar. “Olha, última regra, não pode tocar de lado”, estabeleceu.
Na sequência, o time de colete amarelo, rival da equipe de Ganso e Kardec, ganhou rapidamente a disputa, causando reclamações dos sem colete. “Com essa praga aí no nosso time não dá para vencer mesmo”, brincou Luis Fabiano, referindo-se ao garoto João Paulo, que acabara de errar um passe simples. “O time sem colete não entendeu o exercício”, comentou o auxiliar, apoiado por Doriva. “Vamos lá, gente, tem de ter atenção”, pediu o comandante.
Após mais de 20 minutos perdidos, os atletas enfim começaram a entender a atividade, que terminou de forma tranquila, sem ninguém sair derrotado. “Todo mundo ganhou o mesmo número de vezes. Estão liberados”, encerrou a comissão técnica.