O retorno de Diego Lugano ao São Paulo ganhou força nos últimos dias, mas não é visto como provável pelo empresário do jogador. Juan Figger, representante do atleta, disse não ter recebido qualquer contato da atual diretoria tricolor, empossada na semana passada, e desmentiu uma possível cláusula de liberação acordada entre o defensor e os paraguaios em caso de proposta são-paulina.
“(O São Paulo) não entrou em contato comigo. Ele (Lugano) tem mais um ano de contrato aqui e, antes de sair, é o Cerro Porteño quem tem a opção de cobrir qualquer oferta. A cláusula (de liberação para o São Paulo) não existe”, afirmou o agente, em entrevista à Rádio Globo, descartando a saída de graça do uruguaio.
Para Figger, nome de boas relações com o São Paulo, outra dificuldade seria o salário que recebe o atleta, já com 35 anos, chegando à casa dos R$ 300 mil mensais, bem próximo do teto do clube (R$ 350 mil). “Qualquer proposta pode ser coberta pelo Cerro Porteño. Ele tem um bom salário, não sei se o São Paulo vai querer pagar o que ele ganha”, indicou.
Lugano, na visão de alguns dirigentes e até de boa parte da torcida, seria um ganho não só dentro de campo, mas também no vestiário.
Com a perda de Rogério Ceni, que se aposenta no final do ano, e a saída de Luis Fabiano, que não renovará o seu vínculo, os são-paulinos perderão as duas únicas referências de ídolos da torcida. Pato, que poderia chegar a esse patamar, já deixou claro que também não fica em 2016 pois o clube não tem dinheiro para pagar seus direitos econômicos, vinculados ao Corinthians.
Figger, por fim, reconheceu que foi procurado pela gestão de Carlos Miguel Aidar, sem dar grande importância ao fato. “Sim, entrou em contato e fizeram uma sondagem. O clube expressou que tinha interesse no jogador, mas o mercado aqui está fechado e só abrirá em janeiro. O Lugano pode ou não encerrar a carreira no São Paulo. Tem outros mercados que têm consultado ele também”, encerrou.