Executivo justifica demissão por derrotas e vê “lealdade” com Doriva

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GazetaEsportiva.net

Tomás Rosolino

O diretor executivo de futebol do São Paulo, Gustavo Vieira de Oliveira, classificou a decisão pela saída de Doriva do clube como um resultado do desempenho do treinador nos sete jogos em que esteve no cargo e o planejamento idealizado para 2016. De acordo com o dirigente, escolhido como porta-voz da diretoria após ser recontratado pela gestão de Carlos Augusto de Barros e Silva, a demissão foi comunicada rapidamente devido ao “respeito da instituição com o profissional”.

“As razões que levaram a nossa decisão para a dispensa do Doriva se dão conta da busca dos dois principais objetivos nossos para 2016: uma vaga na Libertadores e a própria temporada ano que vem. Chegada a conclusão de que nós não contaríamos com ele no ano que vem, nada mais leal do que falar isso primeiramente a ele, principalmente por respeito a um profissional íntegro e com história no clube”, comentou Gustavo, que saiu no meio de uma reunião com o restante do seu departamento para esclarecer as dúvidas sobre a demissão.

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(Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)
O diretor executivo de futebol do São Paulo foi o responsável pela demissão de Doriva (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)

Em suas falas, o executivo deu a entender que não via no método de trabalho do agora ex-treinador tricolor muito futuro. “Não é que eu discorde ou algo do tipo. Acho até que, em outros lugares, pode dar muito certo. Mas a performance alcançada não foi a que nós esperávamos”, reiterou o membro da cúpula são-paulina, apesar de reconhecer o curto período de experiência dado a Doriva: um mês e sete partidas, com duas vitórias, um empate e quatro derrotas.

A decisão foi tomada pelo próprio Gustavo na última segunda-feira. Na primeira reunião realizada pela nova diretoria de futebol, visando ao próximo ano, ele descartou Doriva para o ano que vem. Nesta terça, explicou quais são os desejos para um novo comandante e por que tomou a atitude, que coloca Milton Cruz no cargo até dezembro. “Precisamos de alguém que chegue disposto a trabalhar com um elenco em formação”, analisou.

Por fim, Gustavo, demitido por Carlos Miguel Aidar há seis meses, negou veementemente qualquer relação entre esse episódio e a saída do treinador, último ato do ex-mandatário no clube. “Não tem nada a ver. Aliás, se tem algo que eu prezo muito, especialmente em um clube de futebol, é a meritocracia. O profissional que está aqui não está por ser amigo ou querido, tem que entregar os resultados que o clube precisa. É uma obsessão minha e já foi firmado desse objetivo”, encerrou.