Humilhado após derrota, Rodrigo Caio critica apatia de alguns companheiros

GloboEsporte.com

Marcelo Hazan e Marcelo Prado

Defensor mostra personalidade e, em coletiva, repete discurso do presidente Leco: “Quando um ou outro não corre, não sofre, não sente, isso prejudica um todo”

O volante Rodrigo Caio tem apenas 22 anos, mas impressiona pela postura de liderança dentro do elenco do São Paulo. Coube a ele dar a primeiro entrevista após a goleada de 6 a 1 para o Corinthians, no último domingo, em Itaquera. E o defensor bateu duro. Enquanto os medalhões sumiram, ele deixou no ar que a falta de comprometimento de alguns jogadores está prejudicando a equipe na reta final do Campeonato Brasileiro.

– Claro que percebemos (quando não há comprometimento). Futebol é coletivo, a gente não está jogando tênis ou pingue-pongue, que só depende de você mesmo. Todos precisam se comprometer, querer vencer sempre. Quando um ou outro não corre, não sofre, não sente, isso prejudica um todo. Cada jogador deve ter sua consciência. Quando você deita a cabeça no travesseiro, sabe o que faz de bom e o que faz de ruim. Cada um sabe o que precisa evoluir. Eu, quando não vou bem, me cobro muito, não tem família, não tem amigos, ninguém consegue tirar essa tristeza – disse Rodrigo Caio.

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Nesta terça-feira, o elenco são-paulino teve uma reunião com o presidente do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva, que fez novamente uma forte cobrança por causa do tropeço do último final de semana. Rodrigo Caio disse que ainda haverá um bate papo entre os jogadores para que ocorra a tradicional “lavagem de roupa suja”.

– Na reunião, o Leco deu todo apoio para nós, o Rogério também falou em nome do grupo, por ser a pessoa mais experiente, mais capacitada neste momento. Não tivemos a conversa somente entre os jogadores. É momento de reflexão. Acredito que vamos ter essa conversa, temos de nos unir mais do que nunca para atingir o objetivo, que é ir para a Libertadores. O clube está acostumado a disputar essa competição  – ressaltou.

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Para Rodrigo Caio, somente com uma mudança de atitude dentro de campo é que o time poderá brigar pela vaga na Taça Libertadores da América. Para não depender de outros resultados, a equipe precisa derrotar o Figueirense, neste sábado, no Morumbi, e o Goiás, no dia 6 de dezembro, no estádio Serra Dourada, em Goiânia.

– A derrota foi humilhante para nós também. Ninguém sofre mais do que a gente. Além de uma mudança de comportamento, precisamos melhorar taticamente e tecnicamente. Essa vaga na Libertadores salvaria um ano muito ruim do São Paulo. Temos plena consciência do que faltou no domingo. Só com uma nova postura é que daremos a volta por cima – disse o defensor.