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Em sua breve passagem no cargo de técnico do São Paulo, Doriva pouco utilizou Hudson, o entrevistado desta sexta-feira no CCT da Barra Funda. Em sete jogos sob o comando do treinador demitido na última segunda-feira, o volante começou entre os titulares em apenas dois jogos, sendo substituído em ambas as vezes. No confronto com o Santos pelas semifinais da Copa do Brasil, o camisa 25 sequer entrou em campo durante as duas derrotas por 3 a 1.
Questionado sobre o desempenho de Doriva no comando tricolor, Hudson preferiu não avaliar e se limitou apenas a desejar sucesso para o futuro sucessor do técnico interino Milton Cruz. “Não cabe a mim dizer se o Doriva foi uma escolha acertada. Ele até poderia ter conseguido uma sequência de vitórias e a história seria outra. Sem resultados nenhum treinador se mantém, então espero que o próximo treinador possa ter uma sequência e conquistar resultados, porque isso é importante no futebol brasileiro”, justificou o volante, que não escondeu sua insatisfação com a condição de reserva mesmo elogiando o ex-comandante.
“Treinador é bom para os 11 que joga, é mais ou menos para quem fica no banco e é uma b…. para quem não joga. Se ele não me utilizava, eu tinha de trabalhar mais para buscar meu espaço. Ele tentou implantar um sistema, mas os resultados não ajudaram. Ele é um grande cara e tem um futuro brilhante pela frente”, explicou, na esperança de ter mais chances com Milton Cruz, com o qual jogou mais no período de transição entre Muricy Ramalho e Juan Carlos Osorio.
“Ele é um cara que começou a me dar oportunidade, então eu acredito que posso ter mais chances sim, mas preciso fazer por merecer nos treinamentos e jogos”, conscientizou-se.
Na derrota para o Cruzeiro, por 2 a 1, no último domingo, Hudson entrou durante o segundo tempo no lugar do lateral direito Bruno e agora se prepara para o duelo contra outro clube mineiro: o Atlético-MG, adversário da próxima quinta-feira, no Morumbi, em jogo válido pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O São Paulo figura na quinta colocação, com 53 pontos, apenas um a menos que o Santos, primeira equipe dentro do G4, a zona de classificação para a Taça Libertadores da América, maior objetivo são-paulino nesta reta final de temporada.
“Não vejo a hora de conseguir essa vaga na Libertadores. A ansiedade do grupo para isso é muito grande”, finalizou.