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O São Paulo acertou em fevereiro o pagamento de R$ 900 mil de comissão pela contratação por empréstimo de Doria, que chegou de graça do Olympique de Marselha e ficou pouco mais de quatro meses no clube do Morumbi.
O ESPN.com.br teve acesso a todos os contratos da vinda do jogador, que chegou ao São Paulo no começo de fevereiro e foi embora em junho. Os valores foram acertados pelo vice de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, e pelo gerente de futebol, Gustavo Vieira, em valores que seriam direcionados à empresa Vergette Sports.
Sócio da firma, o empresário Jolden Vergette confirmou as informações, mas disse que até hoje não recebeu nem um centavo dos R$ 900 mil.
“Ainda não foi pago, estão devendo essa comissão. Tivemos a opção de trazer porque o empréstimo era gratuito, mas ela ainda é devida, estou cobrando para ver se me paga, pois ainda não pagou até agora. Acertei isso com o Gustavo e com o Ataíde”, apontou.
O empresário ainda explicou porque uma transferência por empréstimo sem custos teve uma comissão tão alta.
“Cinco grandes clubes queriam o Doria. E a oferta do São Paulo não foi a melhor. Eu fiz por ética, pois achei que seria bom para o jogador, estava conversando com eles e julguei que era razoável fazer com o São Paulo, pois era o certo. Foi uma negociação com oferta bem abaixo do que a gente tinha”, apontou, se referindo às questões salariais de Doria.
São cinco contratos do São Paulo com o jogador. Além do já citado de comissão à Vergette, existe outro de imagem no valor de R$ 90 mil mensais à empresa VF, um de imagem de R$ 60 mil em nome de Doria, o de trabalho com salário de R$ 113 mil e um em inglês, com o Olympique, que deixa claro que a transação foi de graça. Caso o time tricolor exercesse a opção de compra, teria que desembolsar 12 milhões de euros.
“Não lembro detalhes, mas são dois contratos sim de imagem. A VF é a empresa do Doria. Tenho uma participação pequena nela por formalidade jurídica, pois é necessário ter mais de um sócio, mas ela é do Dória, onde ele trabalha imagem no Brasil”, apontou Vergette.
“Foi uma negociação transparente, não teve nada de obscuro nisso”, continuou.
O empresário também prometeu ir ao Poder Judiciário resolver a questão, que deve ter ultrapassado a faixa de R$ 1 milhão, já que o contrato prevê multa moratória de 5%.
“Vou acionar na Justiça. Estou cobrando toda semana a responsável, agora estou novamente tentando entrar em contato para cobrar, vou cobrar o Gustavo, o Ataíde, uma operação que infelizmente ainda não recebi até hoje”, explicou.
Na época da transação, o presidente ainda era Carlos Miguel Aidar, mas o empresário afirma que jamais falou com o mandatário. “Nunca me encontrei com o Aidar, meu contato foi só com o Ataíde e o Gustavo”, disse Vergette.
O ESPN.com.br enviou mensagens de celular a Ataíde e Gustavo, que não responderam até a publicação da reportagem.
Via assessoria de imprensa, o São Paulo declarou que o valor de comissão acertado à Vergette Sports foi exigência do agente de Dória, que levou em conta o interesse de outros clubes brasileiros no zagueiro naquele momento. O clube confirmou que ainda não pagou nada ao empresário.
O zagueiro chego ao clube do Morumbi no dia 9 de fevereiro e deu adeus em 30 de junho desse ano.
Etáhhh nóis. É só gente boa heim: Aidar, Ataíde, Haddad. Só nome de pessoas “boas”.