Corpo do ex-presidente Juvenal Juvêncio é enterrado em São Paulo

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GloboEsporte.com – Marcelo Prado

Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, e Marco Aurélio Cunha no enterro do corpo de Juvenal Juvêncio (Foto: Marcelo Prado)Presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, e Marco Aurélio Cunha no enterro do corpo de Juvenal Juvêncio (Foto: Marcelo Prado)

Com direito a hino do São Paulo cantado e uma bandeira envolvendo o caixão, foi enterrado na manhã desta quinta-feira o corpo do ex-presidente Juvenal Juvêncio, que morreu na quarta-feira devido a complicações provocadas por um câncer de próstata. Aproximadamente 200 pessoas, entre familiares e amigos, compareceram ao Cemitério do Morumby e prestaram sua última homenagem a um dos dirigentes mais vencedores da história do São Paulo. O velório foi no Salão Nobre do estádio do Morumbi.

Marco Aurélio Cunha, que tinha laços familiares com o ex-presidente (foi casado com uma das filhas de Juvenal), falou com os jornalistas e ressaltou o tamanho da perda.

– Eu me lembro que o ex-presidente Marcelo Portugal Gouvêa morreu na véspera de conquistarmos o tricampeonato brasileiro. Agora o Juvenal nos deixa no momento em que perdemos nossos dois grandes ídolos, que são Rogério e Luis Fabiano. É um momento difícil para o clube, o Juvenal é um dos presidentes mais vencedores da história, mas o clube vai conseguir se reerguer – afirmou.

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Marco Aurélio teve muitas divergências políticas com Juvenal Juvêncio na época em que ambos trabalharam no clube. Mesmo assim, ele garante que em nenhum momento perdeu a admiração e o respeito pelo ex-presidente.

– Eu costumo dizer que nós vencemos juntos e divergimos juntos. Mas em nenhum momento deixou de haver amor e carinho. Meu filho é neto dele, tivemos uma convivência muito boa e o acompanhei durante todo o período da doença. Mesmo debilitado, ele seguia trabalhando para mudar a antiga administração e conseguiu. Acho que esse amor pelo São Paulo, essa dedicação pelo clube serviu de combustível para que ele vivesse mais – ressaltou.

Enterro do corpo de Juvenal Juvêncio (Foto: Marcelo Prado)Enterro do corpo de Juvenal Juvêncio (Foto: Marcelo Prado)

Milton Cruz também falou da admiração que tinha pelo ex-presidente:

– Eu só tenho coisas boas para falar do Juvenal. Ele me ajudou muito em vários momentos e, acima de tudo, era um cara que respirava o São Paulo 24 horas por dia. Ele construiu o CT de Cotia, melhorou o CT da Barra Funda. Tinha um pique para o trabalho que era invejável. O São Paulo perde um personagem importantíssimo, que vai fazer muita falta daqui para frente – disse.

Milton Cruz, no enterro do corpo de Juvenal Juvêncio (Foto: Marcelo Prado)Milton Cruz, no enterro do corpo de Juvenal: “Só tenho coisas boas para falar dele” (Foto: Marcelo Prado)

O técnico interino do Tricolor revelou que, mesmo longe, Juvenal fazia questão de acompanhar o desempenho da equipe no Campeonato Brasileiro.

– Ele me ligou após a goleada para o Corinthians para dar força, para dizer que o resultado havia sido um acidente. A última vez que conversamos foi após a vitória contra o Figueirense, quando ele me deu os parabéns. Mesmo sem estar no dia a dia do clube, conversávamos muito, ele sempre queria saber o que podia ser feito para melhorar o clube – disse Milton Cruz.

A cerimônia durou aproximadamente 20 minutos. No final, os presentes cantaram o hino do São Paulo e depois aplaudiram bastante. Juvenal tinha 81 anos e foi o presidente que conquistou o tricampeonato brasileiro em 2006, 2007 e 2008, além do título da Copa Sul-Americana de 2012.

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