Edgardo Bauza é conhecido por ser profissional e “mais frio”, diz jornalista

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SporTV.com

O argentino Edgardo Bauza, duas vezes campeão da Taça Libertadores, será o treinador do São Paulo em 2016. De acordo com Ariel Palácios, correspondente da Globo News em Buenos Aires, o novo comantante do Tricolor é conhecido pelo seu profissionalismo, mas não costuma se envolver com os jogadores do elenco.

– Ele é visto como uma pessoa correta, mas fria. Não é emocional, não se torna amigo dos jogadores. Se os jogadores, por exemplo, rezam antes de um jogo, ele participa mas quieto. Ele não estimula o lado religioso dos jogadores. Mas ele é muito sério – disse Ariel.

Edgardo Bauza São Paulo entrevista (Foto: Marcos Ribolli)Edgardo Bauza será o técnico do São Paulo na temporada 2016 (Foto: Marcos Ribolli)

O jornalista lembrou ainda de dois outros casos de técnicos argentinos que não tiveram sucesso no Brasil no século XXI, em dois rivais do São Paulo: Daniel Passarella (no Corinthians) e Ricardo Gareca (no Palmeiras).

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– Desde a virada do século, ele é o terceiro técnico argentino de importância que vai para o Brasil, e os dois precessores não tiveram sorte. Em 2005, Daniel Passarella esteve no Corinthians, com Tevez e Mascherano. Foi um fracasso com estrépito, ele ficou apenas 62 dias. Em 15 jogos, venceu sete, empatou quatro e perdeu quatro. E teve a famosa derrota por 5 a 1 para o São Paulo, que foi a gota d’água para o fim da carreira brasileira de Passarella. Em 2014, Ricardo Gareca foi ao Palmeiras e ficou apenas três meses. Em 13 jogos, teve quatro vitórias, um empate e oito derrotas.

O comentarista Paulo Cesar Vasconcellos acredita que o perfil mais profissional de Edgardo Bauza pode ser importante para criar uma nova mentalidade.

– Acho saudável que venha ao futebol brasileiro um técnico que não seja chegado às mesmices, da corrente, do “paizão”, do “vamos lá”, da família. Ele vem para trabalhar, vai se divertir, mas vem para trabalhar. Não vem para ser “amiguinho” e nem para ser inimigo. Ele vem para trabalhar.

O apresentador Carlos Cereto espera que o técnico não seja vítima de um “boicote” dos jogadores brasileiros, como teria acontecido com Ricardo Gareca, no Palmeiras, na sua opinião.

– Eu me preocupo com a “panelinha”. No Palmeiras aconteceu isso. O Gareca trouxe os jogadores de confiança dele, argentinos, e causou ciúmes nos outros jogadores. Quando está ganhando, está tudo bem. Quando os resultados. Também vejo com bons olhos a contratação do Bauza.

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