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A torcida do São Paulo contou os dias para a chegada do 11 de dezembro de 2015 desde que Rogério Ceni anunciou a data da sua despedida, e a sexta-feira de tempo agradável na capital paulistana não deixou ninguém se decepcionar. Com muita festa dos presentes às arquibancadas e um show de novidades dentro do gramado, os são-paulinos lavaram a alma para reviver muito do sentimento vivido nas últimas duas décadas.
Presentes para dar adeus ao arqueiro e reencontrar os ídolos campeões mundial em 92, 93 e 2005, os são-paulinos deixaram de lado os pedidos de “raça” e alguns protestos típicos da atual temporada para exaltar a sua história recente. “Cara, estou emocionado”, dizia um dos transeuntes que circulou pelos arredores da casa tricolor. “Não consigo nem explicar o que é esse dia para mim”, respondeu o amigo, completando uma dupla de anônimos que se multiplicou pelas cadeiras.
Já no final da tarde, o trânsito em direção ao local da partida era bem complicado a qualquer um que queria ou chegar à Zona Oeste paulistana ou acompanhar o adeus de Ceni. O tempo médio de viagem foi de uma hora, tanto que o Morumbi só se encheu de pessoas por volta das 20h15, quando a banda Republika já animava a todos os presentes com algumas músicas de rock clássico.
Ao se encerrar a apresentação, o grupo musical agradeceu, esperou o apagar das luzes e apresentou cada um dos nomes participantes da festa, com destaque para aqueles que tiveram passagens bem recentes pela equipe. Doriva, demitido após apenas um mês de trabalho, por exemplo, foi ovacionado ao ter seu nome citado pelos músicos.
Os destaques, porém, não tinham como ser outros. O goleiro Zetti, o zagueiro Ronaldão, o lateral direito Cafu e o meia Raí, pelo lado do bicampeonato, fizeram explodir a massa presente, carente de poder gritar a plenos pulmões para nomes como Reinaldo, Lucão, Ganso, Michel Bastos e Pato. Telê Santana, representado pelo filho Renê, também foi bastante festejado, mas acabou ofuscado pelos gritos de “É, Muricy”, logo na sequência.
Já no time de 2005, os que mais receberam o carinho dos são-paulinos foram Lugano, Mineiro, Aloísio e, claro, o dono da festa, Rogério Ceni, que provavelmente nunca vai esquecer essa noite. Assim como cada um dos cerca de 60 mil presentes.