Um dos alvos de disputa no mercado entre Palmeiras e São Paulo durante o início da temporada, Daniel teve em 2015 uma mistura de sentimentos. O primeiro de felicidade e gratidão ao Tricolor por se recuperar da lesão no ligamento cruzado do joelho direito, responsável por tirá-lo durante quase um ano dos gramados.
E o segundo de frustração pela falta de oportunidades. Ele estreou em setembro, diante do Joinville. Desde então até o fim do ano, o Tricolor realizou mais 20 jogos, mas ele só atuou novamente diante do Fluminense.
– Fico feliz por ter voltado a fazer o que mais gosto, que é jogar futebol. É muito ruim ficar parado. Mas foi um pouco frustrante individualmente. Esperava me recuperar e ajudar o time em campo, porque sei que poderia. Em 2016 espero jogar mais – disse.
Contratado após se destacar no Botafogo, Daniel trabalhou no São Paulo com Juan Carlos Osorio, Doriva e Milton Cruz. Nenhum dos técnicos o explicou o motivo por não ser mais aproveitado, questão que ele mesmo não sabe responder aos torcedores.
– O pensamento deles (torcedores) é parecido com o meu: “Quando vou ter mais oportunidades? Por que não estou tendo?”. Não posso deixar a peteca cair, tenho de seguir firme para quando a chance aparecer ir bem. Sinceramente, não sei dizer (o motivo). Foi opção dos treinadores. Não sei o que passava na cabeça deles, se ainda pensavam que eu não estava 100%. Acho até que na minha estreia fui bem, para quem estava um ano parado. O normal seria ter continuidade para cada vez ir melhorando mais, mas não aconteceu. Nunca chegaram para falar comigo, para cobrar ou falar o que eu estava fazendo errado. O que fica é que vou continuar me dedicando para melhorar – disse.
Diante da reformulação iminente, com as saídas de Luis Fabiano, Rogério Ceni, Alexandre Pato e outros jogadores, além da contratação de um novo treinador, ainda indefinido, Daniel vislumbra um 2016 positivo. O meia-atacante se dispõe a atuar como armador, aberto pelos lados, ou até de segundo atacante para ajudar o time.
– Aposto todas minhas fichas nesse ano de 2016. Espero fazer uma boa pré-temporada, mostrar para o novo treinador que posso ajudar e retribuir o que o São Paulo fez por mim, me ajudando na recuperação da lesão. O sentimento é de muita vontade de treinar e conseguir coisas grandes. Dar continuidade na carreira, ganhar jogos e fazer gols – afirmou.
Para a próxima temporada, Daniel usa a falta de chances como lição e diz que não aceitará permanecer na mesma situação. O jogador de 21 anos, cujo contrato é válido até dezembro de 2017, quer uma reviravolta assim como o São Paulo, marcado pelas turbulências políticas e sem títulos em 2015.
Calma, 2016 arrebenta na pré temporada que sua chance vai chegar!