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Autor do único gol que levou o São Paulo ao título mundial de 2005, o ex-jogador Mineiro não escondia a alegria por ter sido um dos 45 convidados do goleiro Rogério Ceni para a partida que marcará sua despedida dos gramados. O ex-volante elogiou por diversas vezes o legado deixado pelo camisa 01 no Tricolor e dispensou o rótulo de “herói” ao recordar o histórico confronto com o Liverpool. Segundo ele, o rendimento da equipe dentro de campo crescia a partir do momento em que os atletas se espelhavam no profissionalismo de Ceni.
“Os anos de 2005 e 2006 mostraram que o Rogério é a própria cara do São Paulo. E com isso ficava mais fácil identificar qual era o perfil do time e a maneira como deveríamos atuar em campo. Era só a gente se espelhar naquele profissional acima da média, o primeiro a chegar e o último a sair. A gente conseguiu reproduzir essa competência dentro de campo”, disse Mineiro.
Em contato com a Gazeta Esportiva, poucos dias antes de deixar a Alemanha rumo ao Brasil, Mineiro já havia apontado o caráter de Ceni como a principal qualidade demonstrada ao longo dos 25 anos em que ele defendeu o São Paulo. “O caráter dele representa o que é o São Paulo. É um ícone. O Rogério foi o grande ponto de referência para os jogadores daquela época, muitos não tinham nenhuma experiência internacional. E ele pôde compartilhar as dificuldades, aquilo que era importante, tudo para que a gente conseguisse alcançar o êxito”, afirmou.
O ex-volante recordou o lance do gol contra o Liverpool e dispensou qualquer homenagem individual. “Não me considero um herói sozinho. Eu valorizo todos que participaram direta e indiretamente daquela conquista. Todos os atletas que estavam ali, as pessoas envolvidas na nossa estrutura, todos são heróis. Alguns aparecem mais com gols, mas do meu ponto de vista, todos foram heróis. É um grande prazer e um grande privilégio estar aqui”, declarou.
Mineiro integrará o time dos campeões mundiais de 2005 na despedida de Ceni. A equipe, composta por ex-atletas e jogadores que ainda estão em atividade, enfrentará os veteranos do bicampeonato mundial de 1992 e 1993. Para o ex-volante, o evento desta sexta-feira será um momento histórico para o Tricolor. “É gratificante. É algo que não foi planejado e que nunca imaginei que pudesse acontecer. Vamos valorizar o evento, a grande festa que poderemos dividir com o Rogério. Será uma honra e uma prova do caráter dele, que não prioriza conquistas individuais, mas sim aquelas que ressaltam a grandeza do clube”, concluiu.
Será?
Nosso time hoje é egoísta, covarde, perdedor