SãoPaulo.F.C
Michael Serra
No dia 15 de dezembro de 1991, o São Paulo faturou mais uma conquista
FOTO 1 de 6 por Arquivo Histórico do São Paulo FC
Em 1991, o Campeonato Brasileiro foi disputado no primeiro semestre e o Campeonato Paulista na segunda metade do ano. O Tricolor comandado por Telê Santana já havia conquistado o título nacional naquela temporada quando se iniciou o Paulistão. Ainda assim, havia uma questão de honra em jogo, além do torneio.
No Campeonato Paulista de 1990, o São Paulo foi muito mal. Terminou em 15º lugar entre 24 equipes. Como este artigo descreve: não existia rebaixamento naquele certame (tampouco houve virada de mesa). Mesmo assim, era necessário apagar a má imagem no ano seguinte.
O Tricolor começou o estadual no grupo amarelo, enfrentando times que ficaram justamente entre o 15º e o 24º lugar em 1990, além dos quatro promovidos da Divisão Intermediária (2ª Divisão) do ano anterior. O São Paulo fez valer sua força perante os adversários: só veio a conhecer a derrota na 20ª rodada (Inter de Limeira, no Morumbi) – Essa foi, aliás, o único revés do time na competição.
Avançando em primeiro na chave, com 42 pontos, O Tricolor enfrentou, na segunda fase, o Palmeiras, o Botafogo e o Guarani, respectivamente o 2º, 3º e 5º colocados classificados do grupo verde. Com três vitórias e três empates, o São Paulo terminou novamente no primeiro posto (empatado com o Palmeiras em pontos, mas com campanha geral e saldo de gols melhores), qualificando-se para a final.
A primeira partida da final decidiu o título. E esse título teve um nome: Raí. Com três gols… Perdão, com três golaços inesquecíveis, o camisa 10 definiu o placar da partida, a vitória do Tricolor e o título são-paulino.
No primeiro, Raí começou a jogada no meio de campo, recebeu de Macedo, avançou e chutou forte de fora da área: a bola foi no ângulo direito do goleiro corintiano, sem chance alguma de defesa.
Ronaldo, o goleiro adversário, também não pôde fazer muito no gol seguinte: a não ser propriamente cometer pênalti em Macedo, que Raí cobrou com categoria acertando novamente o canto direito, mas agora de modo rasteiro.
O último gol, anotado após cobrança de escanteio de Elivélton, foi de cabeça. Raí, desmarcando-se dos rivais, subiu sozinho e testou forte para o fundo do gol! São Paulo 3 a 0!
No dia 15 de dezembro de 1991, há 24 anos, o São Paulo foi ao Morumbi mais uma vez enfrentar o time adversário, na segunda partida da decisão, que em verdade tinha praticamente um caráter formal, somente, pois o Tricolor poderia perder pelo mesmo placar do jogo de ida que ainda assim seria o campeão (já que detinha a vantagem do “empate”).
Terminada a partida como havia começado, em 0 a 0, o São Paulo comemorou o segundo título na temporada de 1991, mal sabendo das vitórias e conquistas que estavam por vir.
A PRIMEIRA PARTIDA DA DECISÃO
08.12.1991
São Paulo (SP)
Estádio Cícero Pompeu de Toledo Morumbi
SÃO PAULO Futebol Clube 3 X 0 Sport Club CORINTHIANS Paulista
SPFC: Zetti; Cafu, Adílson (Sérgio Baresi), Ronaldão e Nelsinho; Sídnei, Suélio (Rinaldo) e Raí/capitão; Müller, Macedo e Elivélton. Técnico: Telê Santana
Gols: Raí, 16/1; Raí (pênalti), 14/2; Raí (cabeça), 17/2
SCCP: Ronaldo; Giba, Marcelo/capitão, Guinei e Jacenir; Márcio (Tupãzinho), Ezequiel, Marcelinho Paulista e Wilson Mano; Dinei e Paulo Sergio. Técnico: Cilinho
Expulsões: Dinei
Árbitro: Oscar Roberto de Godói
Renda: CR$ 369.297.000,00
Público: 102.821 pagantes
A SEGUNDA PARTIDA DA DECISÃO
15.12.1991
São Paulo (SP)
Estádio Cícero Pompeu de Toledo (Morumbi)
SÃO PAULO Futebol Clube 0 X 0 Sport Club CORINTHIANS Paulista
SPFC: Zetti; Cafu, Antônio Carlos, Ronaldão e Nelsinho; Sídnei, Suélio e Raí (capitão); Müller, Macedo e Elivélton. Técnico: Telê Santana.
SCCP: Ronaldo; Giba, Marcelo, Guinei e Jacenir; Jairo, Ezequiel (Carlinhos), Marcelinho e Wilson Mano; Tupãzinho e Paulo Sérgio. Técnico: Cilinho.
Árbitro: Ílton José da Costa
Renda: CR$ 371.373.000,00
Público: 106.142 pagantes
Mito.
O maior jogador da história do São Paulo