São Paulo dá sorte em sorteio e pega rival peruano de pouca tradição

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GloboEsporte.com

Fundado em 96, o Cesar Vallejo disputará Libertadores pela segunda vez. Se passar, Tricolor ficará no grupo de River Plate (ARG), The Strongest (BOL) e Trujillanos (VEN)

edgardo bauza técnico (Foto: Divulgação/saopaulofc.net)

Bauza começará seu trabalho no São Paulo nesta quarta-feira (Foto: Divulgação/saopaulofc.net)

A sorte acompanhou o São Paulo no sorteio da Taça Libertadores, na noite da última terça-feira. A equipe comandada pelo técnico Edgardo Bauza terá o Cesar Vallejo, do Peru, na primeira fase eliminatória, em jogos que serão realizados nos dias 4 (na casa do adversário) e 11 (no estádio do Morumbi). Se passar, ficará no grupo 1 da competição, ao lado de River Plate (Argentina), Trujillanos (Venezuela) e The Strongest (Bolívia).

Brasileiro com mais participações no torneio (será a 18ª vez), o São Paulo abrirá a competição sul-americana enfrentando um rival de pouquíssima tradição. Terceiro colocado no campeonato peruano, o Cesar Vallejo disputará o torneio pela segunda vez. A equipe leva esse nome em homenagem a César Abraham Vallejo Mendoza, que foi um dos maiores poetas hispano-americanos do século do século 20 e maior poeta do país.

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A equipe manda seus jogos em Trujillo, que fica a 566 quilômetros de Lima. Ou seja, o Tricolor terá de fazer a viagem de avião em duas etapas. A primeira de cinco horas de avião até a capital peruana, e a segunda, de 1h20min, até onde fica a cidade do estádio Mansiche que, após reforma realizada em 2004, passou a ter a capacidade de 25 mil torcedores.

O Cesar Vallejo é comandado pelo técnico Franco Navarro e tem como principal destaque do seu elenco o veterano goleiro Salomón Libman, de 31 anos, que vem sendo convocado pelo técnico Ricardo Gareca para a seleção peruana. Outros dois jogadores também já foram chamados pelo argentino: os defensores Pequena, de 24 anos e Rojas, de 26 anos.

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Passando pela primeira fase, a equipe terá um grupo com o atual campeão (River Plate), um time que tem a altitude como aliada (The Strongest) e um outro rival com pouca experiência, mas com logística complicada para chegar até o local da partida (Trujillanos). A equipe venezuelana manda seus jogos na cidade de Valera, que fica a 600 quilômetros da capital Caracas. Ou seja, mais uma vez a equipe faria a viagem em duas etapas.

A estreia na fase de grupos ocorreria diante dos bolivianos no estádio do Morumbi. Depois, a equipe faria dois jogos seguidos fora de casa, contra River Plate e Trujillanos, receberia Trujillanos e River Plate em casa e decidiria contra o The Strongest atuando na altitude de La Paz, onde perdeu a última vez que atuou, em 2013.

Questionado sobre o confronto da primeira fase, o diretor executivo do Tricolor, Gustavo Vieira de Oliveira, afirmou que espera que a equipe tenha competência para garantir presença na fase de grupos da competição.

– A pré-Libertadores (primeira fase) é um desafio importante que deve ser encarado com alta responsabilidade, mas não há outra hipótese para o nosso projeto que não seja superar essa primeira fase. Precisamos ter essa ambição. O Cesar Vallejo é um time que tem de ser respeitado como qualquer outro. Uma equipe que chega na Libertadores tem de ser respeitada – afirmou o dirigente.

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Nesta quarta-feira, o dirigente já estará de volta a São Paulo para acompanhar a apresentação do técnico Edgardo Bauza, com quem se reunirá na parte da tarde para começar a discutir todo o planejamento da equipe de pré-temporada, além de discutir o nome dos jogadores que podem chegar para reforçar a equipe em 2016.

– As expectativas são as melhores possíveis. É alguém que, assim como a história do São Paulo, é também identificado com vitórias na Libertadores. Acima de tudo, desempenhou e proporcionou trabalhos que montaram equipes organizadas, seguras e com poder ofensivo. A nossa equipe para 2016 precisa dessas caracetristicas dentro de um ambiente de futebol muito competitivo. Espero que ele ajuda a gente a se reaproximar do torcedor. Nos últimos anos, deixamos a desejar por alguns fatores. O desafio do São Paulo em 2016 é reconquistar o torcedor, reconquistar esse coração que gosta da Libertadores – ressaltou Gustavo.

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