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Samir Carvalho
Leonardo Soares/UOL
Contratação do meia é um sonho particular do presidente Modesto Roma, do Santos
O sonho do presidente Modesto Roma em trazer o meia Paulo Henrique Ganso de volta ao Santos em 2016 ficou muito mais distante após a perda do título da Copa do Brasil para o Palmeiras, fato que tirou o clube paulista da disputa da Copa Libertadores da América do próximo ano.
Fora da competição continental, o Santos terá menos receitas e, por isso, manterá a política do “bom e barato” para a próxima temporada. Por conta disso, a diretoria santista descartou qualquer possibilidade de fazer loucuras para comprar os direitos econômicos de Ganso.
No entanto, o mandatário santista não desiste de Ganso e fará uma última tentativa para contratá-lo. A ideia é propor ao São Paulo o empréstimo do meia até dezembro de 2016. A cúpula alvinegra reconhece que será difícil o clube do Morumbi aceitar a proposta, mas a obsessão de contar com o atleta não impede Modesto Roma de tentar.
Será a segunda vez, desde que assumiu o clube em janeiro, que o presidente santista pode fazer uma proposta de empréstimo por Ganso ao São Paulo. Em junho deste ano, a cúpula do Morumbi confirmou a proposta e alegou que só aceitaria negociar o jogador em definitivo.
O UOL Esporte revelou com exclusividade no início do mês passado que o presidente Modesto Roma iniciou as negociações com o representante do jogador, o empresário Giuseppe Dioguardi, o Pepinho. Além disso, a cúpula santista mantém contatos com a DIS, braço esportivo do Grupo Sonda e que detém 68% dos direitos econômicos do atleta, e até com um grupo de investidores, interessado em colaborar na transação.
No entanto, a diretoria santista “pausou” a negociação nas duas últimas semanas por conta da final da Copa do Brasil. Isso porque a contratação de Ganso dependia do título, já que o clube paulista utilizaria parte da premiação no negócio – o campeão da Copa do Brasil recebe R$ 4 milhões.
Com a perda do título, o projeto “costurado” com a DIS, Pepinho e um grupo de empresários deve ficar na gaveta.
A diretoria do Santos já havia criado um plano para que Ganso fizesse as pazes com a torcida santista, que ainda não perdoou o jogador por ter deixado o clube e se transferido para o São Paulo em 2012.
A ideia era orientar o meia a fazer uma espécie de desabafo sobre a crise que viveu com a antiga diretoria – comandada pelos ex-presidentes Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro e Odílio Rodrigues.
Se fosse contratado para 2016, Ganso contaria “toda a verdade” sobre a sua insatisfação na Vila Belmiro entre agosto de 2010, quando sofreu a lesão ligamentar no joelho direito e setembro de 2012, ano em que acertou sua transferência para o clube do Morumbi.