Voltando para casa, ontem, comecei a refletir sobre dois pontos bastante interessantes a respeito do São Paulo Futebol Clube. Um diretamente relacionado a nós mesmos e as escolhas que nossa diretoria fez e outro, como não poderia deixar de ser, referente à maneira que a imprensa trata o nosso amado tricolor. Para entender meu raciocínio, vamos por partes.
O primeiro e mais preocupante ponto fica a cargo da nossa direção de futebol, mais especificamente o Ataíde Gil Guerreiro. Quem me acompanha aqui sabe que, em algumas oportunidades, dei meu voto de confiança ao diretor. Acreditei que seu trabalho, dedicação e escolhas seriam o melhor caminho para a sobrevivência e construção de um São Paulo vencedor e respeitado. Errei. E errei feio.
Escutei várias entrevistas dele nesse 2015, vi alguns programas de televisão em que ele esteve e cheguei a conclusão de que ele não é o diretor ideal para a condução do nosso futebol. Não acho que ele seja incompetente, mas acho que ele está no lugar errado. Suas escolhas influenciaram, diretamente, no time descompromissado que temos hoje.
Lembro como se fosse ontem que ele declarou à rádio Transamérica que o Vitinho não interessava, afinal, estava escondido na Rússia e não vinha demonstrando um bom futebol. E o que aconteceu? Ele foi para o Internacional e destruiu nessa temporada. O Dudu? Mesma coisa! Tivemos problemas com o Corinthians por ele, tivemos treta com o Palmeiras por ele, perdemos os dois confrontos e no final? Artilheiro dos caras e personagem da final da Copa do Brasil. E o que ganhamos em troca? O Centurión que, apesar de promissor, não rendeu o esperado esse ano e nos deixou com a péssima dúvida do seu potencial.
Querem mais exemplos? O próprio Lugano! Tivemos o maldito zagueiro canhoto (Dória) e depois um de série D que, apesar de esforçado, não tem peito para vestir a camisa do SPFC. E que vantagem levamos nisso? Perdemos o Dória pós-Libertadores e sofremos com a inconstância do nosso amigo do São Caetano. Será que, de verdade, o Lugano renderia menos?
Existem vários outros problemas: tomamos chapéu com o Kelvin (emprestado ao Palmeiras, mas que poderia ser útil ao Tricolor), Victor Hugo (zagueiro que o próprio Ataíde disse que queria, mas o Palmeiras chegou antes e levou) e, certamente, vários outros. Por outro lado, crédito seja dado, conseguimos a contratação do Thiago Mendes, volante participativo, promissor e com grande potencial, e só.
Onde eu quero chegar com isso? Quero me posicionar, oficialmente, a favor da saída do Ataíde do comando futebolístico do SPFC. Reconheço meu erro em apoiá-lo e acredito que ele não foi efetivo em seu trabalho.
O momento é de renovar. Precisamos de alguém que entenda de futebol, que seja um bom olheiro e que compreenda que o futebol moderno mudou. Não adianta querer contratar um atleta só porque ele tem um bom passe ou um bom chute. Precisamos de caras completos, voluntariosos, comprometidos, enfim, caras de grupo. Nada mais, nada menos que isso.
Explicação dada com relação a esse ponto, vamos ao segundo: tratar sobre a imprensa esportiva brasileira e seu relacionamento com o time mais vitorioso do país.
Durante muito tempo, frequentando fóruns e lendo comentários de torcedores, acreditei que era perseguição da torcida tricolor com os veículos de imprensa. Como jornalista, não posso acreditar que pessoas são pagas para favorecer A ou B. Imaginem uma reunião em que o diretor da redação chega e fala: “Abrahão….acha algum motivo para falar mal do SPFC, senão você tá fora”. É complicado imaginar isso!
Entretanto, observando um pouco mais os canais de comunicação, os programas esportivos e os portais de internet, chego à conclusão de que isso é real. Ontem, um comentarista do SporTV, teve a pachorra de dizer que não merecíamos a vaga. ÓBVIO que merecíamos. E sabe o porquê?
Por vários motivos: nós fizemos mais pontos, brigamos mais, lutamos mais, fizemos por onde e conseguimos a vaga. Não venha o senhor, Cereto, dizer que não merecíamos. Mesmo com toda a torcida da Globo contra, nós chegamos lá.
Fizemos, novamente, a moeda cair em pé em um momento terrível da nossa história. Nossa maior crise é cair nas semifinais da Copa do Brasil e ficar em 4º no Brasileiro. Nosso maior problema é não disputar títulos e nos sentir humilhados por isso. Mas fique tranquilo, nos reorganizaremos e voltaremos a brilhar e buscar nosso lugar que é de direito.
Para finalizar esse tópico, aproveito para deixar alguns outros programas que são insuportáveis são os esportivos da FoxSports, onde poucos jornalistas, como o PVC, se salvam e a Transamérica, que conseguiu juntar Ronaldo, Marcelinho, Marco Belo, Juarez Soares e alguns outros exemplos de corinthianos que não conseguem ser imparciais.
Faço uma ressalva de que o Thomas Rafael, corinthiano, consegue comentar de maneira digna e dar os devidos créditos às conquistas dos rivais. Onde quero chegar com esse tipo de comentário? Simples: começamos a ouvir programas ou ver que os portais estão dando destaque ao time da “Mídia”, saímos na hora.
Paremos de escutar, assistir, acessar, clicar e dar audiência. Mostremos a força da nossa torcida nos bolsos dessas empresas. Menos audiência, menos dinheiro. Ninguém vai fazer chacota do Tricampeão do mundo e sair bem com isso.
Precisamos nos organizar, nos fortalecer em todos os segmentos e nos unir por um ideal: o são-paulinismo, condição que não são todos que podem ter, apenas aqueles que acreditam e trabalham por um clube mais honesto e mais vitorioso. Fica meu pedido a todos que leem minha simples coluna: sabotem que nos sabota. Se falam mal do SPFC em busca de cliques, que fiquem sem os cliques. Frequentem sites de são paulinos para são paulinos. Fortaleçam as marcas que trabalham em prol do SPFC.
Vamos a mais um registro de como andam nossas redes sociais.
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A título de comparação, os gambás, maior página de clube da América Latina, tem: 10.740.465 de curtidas! Vamos para cima, Tricolores!
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Abrahão de Oliveira é jornalista, formado pela Universidade Metodista de São Paulo, dono da @spinfoco, são-paulino e tem o sonho de cobrir um mundial de clubes com o clube do coração.
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Fico feliz de alguém do site voltar a escrever colunas, é privilégio nosso, muito chato o copiar e colar.
Que outros venham a escrever, me disponho a colaborar, pois não existe nada mais chato que esse marasmo, exceto o binho
Parei de assistir esses programas idiotas faz tempo, e não suporto ver jogo na rede Bobo e na Band. Em casa só PFC que não falam muita abobrinha.
Há mais de anos já vinha percebendo isso! A mídia foi uma das mais responsáveis, depois de Aidar, pela saída do Osório. Todo jogo eu escutava os comentaristas criticando-o e dizendo que ele era o “verdadeiro prof. Pardal”, que nada que ele fazia dava certo, etc etc. A torcida foi nessa onda e não deixou o cara trabalhar. Deu no que deu, veio Doriva pra gente e pergunte se a mídia criticou-o com suas idéias arcaicas da época do Neolítico… Os gambás é o time do Governo, da mídia e de quem mais quer que seja. Façamos nossa parte de não dar o Ibope que necessitam. E parem de usar a opinião desses bostejadores para formar a sua opinião de torcedor!