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A goleada por 6 a 1 para o Corinthians na 36ª rodada do último Campeonato Brasileiro é uma imagem que Edgardo Bauza, logicamente, não quer que passe perto de acontecer em sua passagem pelo São Paulo. Mais do que isso: para ele, os 47 gols sofridos pela equipe no nacional, em 2015, são inconcebíveis e, ao final da temporada, foram o grande motivo para a equipe tricolor não ter conseguido melhores resultados.
“Uma equipe que não sabe defender não será campeã”, afirmou o treinador, antes de explicar a sentença que, segundo ele próprio, lhe rendeu muitas críticas na Argentina. “Não é retranca, colocar todos dentro da área. É saber defender. Tratar de que a equipe não perca também esse poderio ofensivo ao mesmo tempo. Por exemplo, se o São Paulo tivesse sofrido 30 e não 47 gols, talvez fosse campeão”, avaliou.
Admirador do trabalho de Tite, técnico campeão com o Corinthians, Bauza apontou a boa formação defensiva das equipes comandadas por ele como chave para o sucesso. “Por isso, ele é campeão. Além disso, e do respeito que tenho por ele, procuro trabalhar para me igualar aos grandes técnicos que o Brasil possui”, comentou.
O apreço pelo trabalho do arquirrival, no entanto, já teve uma rusga no ano passado. Rivais no mesmo grupo do São Paulo na Libertadores, San Lorenzo e Corinthians se enfrentaram pela quinta rodada da fase de grupos, empatando em 0 a 0. Com isso, Bauza, na época técnico do time argentino, precisava de uma vitória do Corinthians no Majestoso da rodada final para se classificar.
Questionado sobre o tema, afirmou que o time alvinegro entraria com tudo para eliminar um rival, algo que não foi bem recebido por Tite. “Isso é uma baixaria. Não serve! Para mim, não serve! Tenho muito respeito às instituições. Não sou técnico do Corinthians, estou técnico do Corinthians. Olho para trás na minha carreira e tenho muito orgulho dela. Não sei a intenção dele, mas a resposta está colocada”, disse o corintiano na ocasião.
Sem ligar para o desconforto, Bauza continuou a explicar que sua ideia de defesa vai muito além de ter bons zagueiros ou volantes. “Defender não depende de zagueiro ou goleiro, depende dos 11. Esse compromisso está aí para todos os jogadores para que possamos alcançar esse objetivo.”
