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Diego Lugano sempre teve o apoio da torcida, sedenta pelo seu retorno após o errante ano de 2015, mas demorou a conquistar tanto a diretoria quanto o técnico do Tricolor. Enquanto a cúpula relutou em aceitar o retorno do jogador, já com 35 anos, Edgardo Bauza resolveu suas incertezas sobre uruguaio de forma bastante direta: foi a Montevidéu, conversou por três horas com o atleta e viu que ele seria importante na temporada.
“Todos sabemos da sua liderança na equipe. Quando tive a oportunidade de falar com ele, me interessava saber como ele estava, qual era a intenção dele neste retorno. Sabia que era um jogador que a torcida gostava. Aí, depois de três horas falando, eu notei ele com muito desejo de voltar”, relatou o comandante, acreditando na capacidade do ídolo são-paulino em cumprir o que foi dito no papo.
“Como ele próprio disse: “Venho para ser campeão”. Ele não vem para jogar só. Não tenho que pedir nada a ele, a liderança ele assume. Me ajuda, todos os técnicos necessitam que nossa palavra corra pelo plantel, e ele é um líder positivo. Vai nos ajudar nessa função”, analisou o treinador.
Na sua visão, mesmo longe do auge físico, o antigo capitão da seleção uruguaia tem totais condições de atuar sem a necessidade de uma formação com três zagueiros. Precisando ainda de uma semana de pré-temporada antes de se juntar ao restante do elenco, Lugano tem a confiança do comandante de que pode jogar no esquema montado atualmente, um 4-2-3-1, com dois zagueiros centrais.
“Por enquanto, o que temos de fazer é colocá-lo em condições, para que possa estar fisicamente bem para jogar. Ele ainda não pode. Creio que precisa de mais uma semana. Não creio que jogaremos com três zagueiros”, disse, sem, no entanto, ignorar a possibilidade. “Não descarto, não sou preso aos sistemas. O mais importante são os jogaodores, então, em algum momento, se estiverem todos bem, podemos jogar com os três atrás”, encerrou.
Após ser recepcionado por cerca de mil são-paulinos na terça-feira, Lugano deve ser apresentado oficialmente nesta segunda, no CCT da Barra Funda. Depois, permanece no local enquanto os jogadores viajam a Assunção para encarar o Cerro Porteño, em amistoso idealizado como espécie de pagamento do São Paulo pela rescisão de seu contrato com os paraguaios.
