GazetaEsportiva.net
Diego Lugano fez o que a diretoria esperava e assumiu na segunda-feira o papel de “protetor” dos jovens jogadores do São Paulo. Contratado para liderar o grupo que defenderá as cores do Tricolor na Copa Libertadores, o uruguaio disse que colocará “a navalha no peito” para blindar os demais atletas das críticas das arquibancadas. Ele, no entanto, defende o potencial das promessas e crê na personalidade dos jovens para superar a insatisfação da torcida.
“Se eles estão jogando e vestindo essa camisa é porque têm muita qualidade. Lucão, Rodrigo Caio e Lyanco, que está surgindo agora, são jogadores muito bons e que com certeza terão nível para chegar à Seleção Brasileira. Hoje eu posso ajudá-los assumindo a responsabilidade e a cobrança. Será bem-vindo se puder protegê-los. Mas creio que eles não precisam disso, pois têm personalidade suficiente”, disse o uruguaio.
O final de 2015 do São Paulo ficou marcado pela irritação da torcida com a crise política e o desempenho ruim dos jogadores no Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil. Entre os atletas perseguidos pelos torcedores estava Lucão. Após acumular falhas na temporada, o zagueiro de 19 anos foi xingado repetidas vezes pelos tricolores e deixou o estádio do Morumbi chorando após uma vitória por 3 a 2 sobre o Figueirense, no dia 28 de novembro. Em entrevista recente, o atacante Alan Kardec lamentou o comportamento da torcida e classificou de “exageradas” as críticas feitas ao jovem.
Para Lugano, a torcida deve deixar a insatisfação de lado e reconhecer os méritos do grupo que conseguiu classificar o São Paulo para a Libertadores. “Uma coisa que me motivou a voltar foi a qualidade do elenco. O Campeonato Brasileiro é o mais equilibrado do mundo. E se o elenco conseguiu ir para a Libertadores, apesar de todas as dificuldades que a instituição enfrentou, significa que ele é muito bom. Creio que os jogadores sabem trabalhar com pressão e têm um mérito enorme”, avaliou.
Tranquilidade – A avaliação de que Lugano conseguirá blindar o elenco do São Paulo já havia sido feita por Luis Fabiano. Assim como Rogério Ceni, o atacante contava com influência nos vestiários e deixou o Tricolor após o término da última temporada. Para o Fabuloso, o uruguaio agirá como “um grande líder capaz de conduzir os mais novos”.
“No momento em que está o São Paulo, com a minha saída e a do Rogério, a torcida acolherá o Lugano da melhor maneira possível e centrará todas as críticas nele. Isso deixará o time mais tranquilo para trabalhar. É um grupo bom, mas que sofreu muito com fatores extracampo”, disse o jogador, ao ser apresentado como reforço do chinês Tianjin Quanjin, no último dia 8.
Se ligue não.
Vai terminar se queimando, não existe essa de blindado não cara, se fizer merda leva pressão.