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Luiza Oliveira
Vivendo momentos de tensão junto à torcida, Michel Bastos teve participação essencial na vitória do São Paulo sobre o Novorizontino, por 2 a 0, nesta quarta-feira (24). Foi do camisa 7 o primeiro gol da partida, de pênalti, sofrido por Rogério, aos 19 minutos do primeiro tempo. Rodrigo Caio, aos 36 da segunda etapa, deu números finais ao confronto.
O duelo, inclusive, foi marcado por um público baixíssimo: apenas 3.333 torcedores estiveram no Pacaembu.
Com a vitória, o São Paulo se mantém na segunda colocação do Grupo C do Campeonato Paulista, com 10 pontos, empatada com a Ferroviária, que entra em campo nesta quinta-feira (25), contra o Ituano. Já o Novorizontino permanece na quarta colocação da chave B, com apenas quatro pontos.
O São Paulo volta a campo no próximo sábado (27), quando viaja a Campinas para enfrentar a Ponte Preta. No mesmo dia, o Novorizontino recebe o Audax Osasco.
Antes até de a bola rolar
Assim como havia acontecido na partida do último final de semana, contra o Rio Claro, a torcida do São Paulo levou faixas para protestar contra Michel Bastos e outros integrantes do elenco são-paulino. “Multipliquei meu salário 100x. Não chegou perto do seu”, foi uma das exibidas. Além disso, um sósia do camisa 7, com a camisa escrita “Migué”, marcou presença para protestar.
Michel Bastos vira o centro das atenções
Um Pacaembu praticamente às moscas presenciou uma relação de amor e ódio entre dois personagens da realidade são-paulina: a torcida e Michel Bastos. Durante os 90 minutos, as duas partes ameaçaram momentos de reconciliação, mas acabaram saindo do mesmo jeito que entraram: um lado criticando e o outro lamentando aos microfones.
Entre apitos e a rede
Toda vez em que Bastos pegava na bola, apitos eram ouvidos no estádio. A pressão correu risco de ficar ainda maior aos 19 minutos do primeiro tempo. Naquele momento, Rogério era derrubado dentro da área, e o árbitro marcara pênalti. Michel Bastos foi para a cobrança e não decepcionou: bola de um lado, goleiro do outro e o apoio dos companheiros de equipe – todos foram abraçar o camisa 7 após o gol.
“Fico triste (com a pressão da torcida), pois procuro saber o porquê de tudo isso. Mas é o futebol, a gente tem que saber que jogar em um time grande como o São Paulo, a cobrança é grande. A partir de hoje, independentemente de quem vaiar, aplaudir, vou trabalhar para ajudar o São Paulo, como sempre fiz”, afirmou um cabisbaixo Michel Bastos, no intervalo da partida, ao “Premiere”.
Depois do gol, parte dos torcedores são-paulinos passaram a gritar o nome de Michel Bastos, mas não o suficiente para encerrar a rusga com a torcida organizada: “Michel, c…, não fez mais que obrigação”, cantavam junto com aplausos. No segundo tempo, inclusive, até o restante dos torcedores começou a pegar no pé de Bastos, com gritos de “vamos correr, Michel”.
Redes sociais também se dividem
A relação de amor e ódio com Michel Bastos também se refletiu na internet. No Twitter, torcedores se dividiram sobre o camisa 7 do São Paulo.
Essa indigna Torcida dita Independente é formada por lunáticos e efeminados comedores de cocô.
Todos sabem que o são-paulino é sofisticado, elegante e garboso com penetração nos mais diversos núcleos eruditos da alta sociedade.
Portanto os Independentes são, em verdade, todos torcedores curintianos com vontade de dar o cu.
Se a Dependente critica, eu apoio
Apoia o que ela critica ou apoia a independente?
O que será que esse “torcidinha desorganizada” que não representa a verdadeira Torcida do São Paulo está ganhando dessa vez pra fazer isso ?.
Na outra vez foi churrasco e ingressos, esses comprados se venderam pelo que agora e vaiar jogador em campo é burrice, em jogo temos que apoiar.
A nossa fase é péssima parece um abismo e quem deveria estar apoiando está contribuindo mais ainda para que a coisa piore.
A cobrança deve ser feita sim mas fora de campo, é por essas e por outras que a nossa torcida é taxada de modinha e mal vista e com razão.
* essa “torcidinha desorganizada” – corrigindo
Esse torcida deveria dar um tempo pelo menos no gramado.
Gritar, xingar e protestar fora do estádio tudo bem, mas na hora do jogo se não quer apoiar o cara, então ficam calados. Isso atrapalha o time todo.
Sei que Migué não está bem e deve ceder a titularidade, mas vai que o cara reencontra o bom futebol e pior ainda reencontra em time adversário caso seja fritado por essa torcida lixo. Quem sai perdendo é o time.