Com ajuda de Lucão, Corinthians amplia freguesia tricolor em Itaquera

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GazetaEsportiva.net

Helder Júnior e Edoardo Ghirotto

O Corinthians contou um auxílio considerável para vencer pela quarta vez o São Paulo em Itaquera. O contestado zagueiro Lucão entregou a bola de presente para Lucca comemorar o seu 26º aniversário com o primeiro gol do Majestoso da tarde deste domingo. O placar de 2 a 0 foi selado por uma cabeçada de Yago.

Com mais um revés na Zona Leste paulistana, o São Paulo se firma como a maior vítima do estádio corintiano. Antes, havia sido derrotado em Itaquera por 3 a 2, por 2 a 0 e historicamente por 6 a 1 no clássico em que o Corinthians recebeu o troféu de campeão brasileiro de 2015. Desde então, o time tricolor não perdia um jogo.

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Ainda que tenha encontrado mais dificuldades desta vez, principalmente na etapa complementar, o Corinthians ganhou confiança com a vitória deste fim de semana. Esse era o maior objetivo antes de estrear na Copa Libertadores da América contra o Cobresal, na noite de quarta-feira, no Chile.

No Campeonato Paulista, o Corinthians possui 100% de aproveitamento, já que bateu XV de Piracicaba, Grêmio Osasco Audax e Capivariano nas rodadas anteriores. Lidera o grupo D (o mesmo de Red Bull Brasil, Água Santa, Rio Claro e Mogi Mirim), portanto, com 12 pontos ganhos.

Já o São Paulo tem uma partida a menos na chave C, na qual concorre com Ferroviária, Grêmio Osasco Audax, XV de Piracicaba e Capivariano, e permaneceu com 4 pontos. Assim como o seu grande rival, irá se preocupar com a Libertadores durante a semana – enfrentará o boliviano The Strongeste na quarta-feira, no Pacaembu.

Pelo Estadual, as duas equipes entrarão em ação no domingo que vem. O Corinthians jogará contra a Ferroviária em Araraquara, enquanto o São Paulo tentará se recuperar diante do Rio Claro, de novo no Pacaembu.

O jogo – André mostrou qual seria o espírito do Corinthians diante do São Paulo assim que o árbitro Luiz Flávio de Oliveira autorizou o início do clássico. Disposto a mostrar serviço para Tite e os torcedores, o ainda pesado estreante disparou de um lado a outro em busca da bola após a saída.

O São Paulo, ao contrário, pretendia esfriar o adversário. Ciente do que havia ocorrido na última visita do seu time a Itaquera, o argentino Edgardo Bauza escalou os seus titulares habituais – com exceção de Alan Kardec, bem substituído por Jonathan Calleri – e logo ordenou que a marcação fosse adiantada.

O Corinthians tentou transpor o bloqueio do São Paulo com alguns lances de efeito. Fagner deixou Calleri no chão com um corte no campo de defesa – mais tarde, o argentino, que incomodava a defesa rival com a sua imposição física, também seria driblado pelo goleiro Cássio. Giovanni Augusto fez melhor e aplicou dois chapéus seguidos (recurso que seria muito utilizado a partir de então) na ponta direita.

As jogadas não resultaram em perigo claro para o goleiro Denis, porém serviram para alegrar a torcida e estabelecer o domínio corintiano no princípio do Majestoso. O São Paulo só assustou mesmo quando Calleri deu uma cabeçada sobre a meta após cobrança de escanteio.

Já em seguida, contudo, o Corinthians teve a colaboração que faltava para abrir o placar. Aos 23 minutos, Lucão afastou a bola em cima de Mena e, ao perceber a saída de Denis, tentou corrigir o problema com um passe lateral. Foi uma verdadeira assistência. A bola encontrou Lucca na esquerda, que não desperdiçou.

A torcida do Corinthians, então, quis impor um clima semelhante àquele da goleada por 6 a 1. O objetivo era amedrontar o São Paulo, que já trocava passes com intranquilidade depois do erro de Lucão. Funcionou durante alguns minutos. Até Yago quase retribuir o presente do zagueiro são-paulino ao permitir o avanço de Calleri na ponta direita. Cássio apareceu para salvar.

Antes de o primeiro tempo acabar, contudo, Centurión devolveu o sorriso aos rostos dos torcedores do Corinthians ao escorregar de forma caricata quando cobrou um escanteio. Mesmo com os problemas, contudo, Bauza resolveu esperar para fazer alterações e apenas conversar para corrigir os problemas do São Paulo no intervalo.

O time visitante melhorou um pouco. Mas continuou indigno de confiança na defesa – a falta de ritmo de André fazia com que a situação não se agravasse – e precisava apelar com frequência para lançamentos longos ou chutes de fora da área em suas investidas. Em uma dessas finalizações, Michel Bastos bateu cruzado da ponta esquerda e fez Cássio trabalhar bem.

Com a intenção de conter o ímpeto rival, Tite decidiu mandar ao gramado o truculento Willians como substituto do novato Maycon. Bauza respondeu com Caramelo na vaga de Bruno e posteriormente com Rogério no lugar do pouco produtivo Centurión, o que tornou o São Paulo mais incisivo.

Com o Corinthians acuado, Bauza jogou a sua última ficha no estreante Kelvin, que entrou para a saída de Thiago Mendes. No Corinthians, o desgastado André cedeu espaço a Danilo. Àquela altura, o Majestoso já parecia que ficaria calmo como o experiente meia corintiano, apesar de Ganso quase ter anotado de cabeça. Cássio defendeu.

A rede de Itaquera seria mesmo sacudida novamente em uma jogada aérea. Só que do outro lado do campo. Aos 40 minutos, Yago tirou proveito de escanteio batido por Giovanni Augusto e cabeceou no ângulo. Lucão estava na marcação do zagueiro do Corinthians.

FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 2 X 0 SÃO PAULO

Local: Estádio de Itaquera, em São Paulo (SP)
Data: 14 de fevereiro de 2016, domingo
Horário: 17 horas (de Brasília)
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP)
Assistentes: Rogério Pablos Zanardo e Alex Ang Ribeiro (ambos de SP)
Público: 36.378 pagantes (total de 36.788)
Renda: R$ 2.050.496,50
Cartões amarelos: Guilherme Arana e Willians (Corinthians); Mena e Hudson (São Paulo)
GOLS:
Corinthians: Lucca, aos 23 minutos do primeiro tempo, e Yago, aos 40 minutos do segundo tempo

CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Felipe, Yago e Guilherme Arana; Bruno Henrique, Maycon (Willians), Giovanni Augusto (Romero), Rodriguinho e Lucca; André (Danilo)
Técnico: Tite

SÃO PAULO: Denis; Bruno (Caramelo), Rodrigo Caio, Lucão e Mena; Hudson, Thiago Mendes (Kelvin), Centurión (Rogério), Paulo Henrique Ganso e Michel Bastos; Calleri
Técnico: Edgardo Bauza

3 COMENTÁRIOS

  1. Lucão é só a “cereja podre” do bolo…mais uma vez, o Gansono mostrou ao que veio…ficou se escondendo do jogo, o Centurion continua tendo sequência e dando sequência ao seu futebolzinho de bosta. A faixa de capitão, fez o Michel Bastos correr, querer mostrar…porém, virou uma espécie de barata envenenada, pois não produz nada efetivo.

    O Bauza pode ter seus métodos de treinamento e tal, o time tem capacidade para desenvolver um futebol regular…concordo. Mas se for pra ficar puxando saco de Centurion, Michel Bastos como capitão, tá foda.