Contratado até o fim de junho, Calleri quer jogar a final da Libertadores

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GazetaEsportiva.net

Tomás Rosolino

O São Paulo não quer mais viver dramas como o de Ricardo Oliveira, em 2006, que jogou toda a campanha da Libertadores e não pôde atuar na segunda partida da final, contra o Inter, no Beira-Rio, por estar sem contrato com o clube. Para isso, conta com a vontade de Jonathan Calleri, adquirido por empréstimo até 30 de junho, e quer ter o argentino em uma possível fase decisiva do torneio continental.

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A possibilidade de não ter o centroavante se dá pelo fato de que a competição será interrompida durante o mês de junho, quando se jogará a Copa América, nos Estados Unidos. Dessa forma, as semifinais e as finais só serão jogadas em julho, data em que Calleri já estaria cedido à Inter de Milão, como preveem seus empresários. Caso o Tricolor chegue a essas fases, no entanto, o avante nem cogita ficar fora.

“Já não são seis meses. Se classificarmos contra o César Vallejo e o grupo estiver ainda vivo lá na frente, eu fico. Quero me adaptar nesses primeiros meses, conhecer bem os meus companheiros. No final, se tiver que ficar, ficarei aqui no São Paulo muito feliz”, avaliou o jogador, indo ao encontro do que disse o executivo de futebol do clube, Gustavo Vieira de Oliveira, pouco antes.

“A princípio ele fica por um período curto, mas já mostrou caráter, dedicação e que vai corresponder às nossas expectativas. O São Paulo está de portas abertas e, quem sabe, não podemos tê-lo por um período mais longo”, disse o dirigente, antes de cumprimentar o jogador. Agradecido pelas palavras, Calleri procurou deixar de lado a sua forte relação com o Boca Juniors, a quem dedicou o número 12 na camisa.

“Gostei muito do tempo em que estive no Boca Juniors. Mas agora eu vou me dedicar totalmente ao São Paulo, que foi para onde vim. Venho com um objetivo claro que é classificar à Libertadores nesses dois duelos pela pré. No fim de tudo, meu objetivo principal é jogar a Copa pelo São Paulo”, assegurou.

Falando com personalidade para um garoto de apenas 22 anos, Calleri ainda demonstrou bastante conhecimento sobre o atual elenco e as conquistas anteriores da equipe. Os estrangeiros foram todos citados, assim como o meia Paulo Henrique Ganso.

“Decidi vir para cá por várias coisas. Primeiro pela cidade, porque o clube tem o que quero. É um clube que ganhou copas internacionais, entra para brigar sempre quando se trata de disputar a Libertadores. Esse é o objetivo principal. De antes, já conhecia Lugano, Centurión, Mena. Tem o Ganso, que é fundamental para o time. Venho tratar de agregar ao time”, encerrou.