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Alexandre Lozetti e Marcelo Hazan
Relacionado para estreia do Tricolor na Libertadores, reforço indicado por Bauza conheceu Brasil com pai Guillermo e passou despercebido na torcida pelos hermanos.
Calleri e o pai Guillermo torcendo para Argentina na Copa do Mundo de 2014 (Foto: Arquivo Pessoal)
Com contrato até 30 de junho, Jonathan Calleri é um dos grandes trunfos do São Paulo para tentar conquistar a Libertadores em 2016. Quem diria que, há menos de dois anos, o atacante estava em meio a milhares de argentinos cantando “Brasil, decime que se siente” nos estádios da Copa do Mundo… Isso mesmo! O famoso Calleri foi um “hincha” anônimo, e só não passou completamente despercebido durante o Mundial de 2014 porque foi reconhecido por um (!) torcedor. Argentino, é claro.
Reforço do São Paulo para a estreia da Taça Libertadores, nesta quarta-feira, contra o César Vallejo, do Peru, Calleri começará a partida no banco de reservas, já que não participou da pré-temporada. Ele só começou a treinar com os companheiros na véspera da estreia no Campeonato Paulista. Mas, até pelo contrato curto, há uma convicção geral de que, a qualquer momento, o atacante de 22 anos será utilizado pelo técnico Edgardo Bauza, grande entusiasta de sua contratação.
Calleri foi ao Brasil pela primeira vez em junho de 2014, acompanhado do pai e empresário, Guillermo. Objetivo: engrossar a fanática torcida da Argentina na Copa do Mundo. À época, Calleri acabara de sair do All Boys, clube modesto em que foi revelado, e se apresentaria no fim do mês ao Boca Juniors. Ainda sem fama, passou despercebido mesmo em meio a seu povo.
Calleri: torcedor anônimo da Argentina na Copa do Mundo de 2014 (Foto: Arquivo Pessoal)– Chamou minha atenção que ninguém conhecia o Jony (apelido de Calleri). Ele jogava no All Boys. Nós vimos os jogos muito cômodos. Hoje, na Argentina, seria difícil para uma pessoa conhecida como ele é fazer isso. Foi uma experiência linda ver um Mundial com meu filho e compartilhar com o país a rivalidade do futebol. Apesar de Argentina e Brasil ser um clássico, ficava por aí. Vivemos momentos lindos de festa com os brasileiros nas ruas – recorda Guillermo.
O são-paulino espera sofrer menos com Calleri em campo do que o atacante sofreu como torcedor. Contra o Irã, no Mineirão, Messi só fez 1 a 0 nos acréscimos. O craque fez outros dois na vitória por 3 a 2 sobre a Nigéria, no Beira-Rio, e deu o passe para Di Maria, a dois minutos do fim da prorrogação, garantir a vitória por 1 a 0 sobre a Suíça, nas oitavas de final, na Arena Corinthians. Foram as três partidas a que o atacante assistiu no estádio, sempre voltando para Buenos Aires entre um confronto e outro.
Reforço do São Paulo, Calleri pode ser o substituto de Messi nas Olimpíadas do Rio
Ansioso pela estreia do filho no São Paulo, o pai adianta aos torcedores o que não faltará a Calleri. Ele torce para que, nesta quarta-feira, consiga vê-lo atuar ao menos por alguns minutos. De preferência, com chances de gol.
Calleri viu jogos da Argentina contra Irã, Nigéria e Suíça no Brasil. Só um torcedor o reconheceu (Foto: Arquivo Pessoal)– Além da qualidade técnica, ele briga muito e não dá nenhuma bola por perdida. Corre, colabora com o time e se doa sempre. A torcida do São Paulo, como a do Boca Juniors, reconhece isso e sabe que o carinho será recíproco. A expectativa é boa. Estamos agradecidos pelo interesse do Bauza e do São Paulo, um clube enorme – disse o pai e empresário.
Depois de acompanhar a possível estreia de Calleri pela televisão, Guillermo virá ao Brasil. Ele quer ver de perto o filho em ação contra o Água Santa, sábado, no Paulistão, e novamente diante do César Vallejo, dia 10, pela Libertadores, no Pacaembu. Na viagem, terá a chance de comprovar se o conselho de Carlos Tevez para a transferência foi correto.
Calleri e o pai viajam rumo ao Brasil para assistirem à Copa de 2014 (Foto: Arquivo Pessoal)– O Carlos tem muito apreço pelo Calleri. Ele pediu conselhos, referências do São Paulo e do país, de como foi jogar no Corinthians, e Carlos disse: “Não tenha dúvida para ir. É um clube muito grande, com uma torcida carinhosa”. Ele disse que em pouco tempo poderia criar uma relação entre torcida e jogador boa para os dois – afirmou.
Para isso, basta repetir o desempenho no Boca Juniors, pelo qual fez 37 dos 44 jogos do time em 2015 e foi artilheiro, com 15 gols, superando o próprio Tevez .
César Vallejo x São Paulo, às 21h45 (de Brasília) terá a transmissão da TV Globo para os estados de SP (menos cidade de Santos), MG, MS e BA, com narração de Galvão Bueno e comentários de Casagrande e Caio Ribeiro. Para o restante do país, a opção será assistir a disputa pelo Sportv, com narração de Luiz Carlos Júnior e comentários de Belletti. O GloboEsporte.com fará o acompanhamento em tempo real, com vídeos exclusivos.
Atacante está com o São Paulo no Peru para a estreia da Libertadores (Foto: Érico Leonan / www.saopaulofc.net)
