Pagamentos atrasados motivaram pacto de silêncio de atletas no Tricolor

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GazetaEsportiva.net

Atrasos nos vencimentos fizeram os jogadores do São Paulo a protestarem contra a diretoria (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)
Atrasos nos vencimentos fizeram os jogadores do São Paulo protestarem contra a diretoria (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)

Um atraso de dois meses no pagamento dos direitos de imagem do elenco do São Paulo motivou os jogadores a adotarem uma greve de silêncio na derrota por 1 a 0 contra o The Strongest, na última quarta-feira, no Pacaembu. Os atletas deixaram o campo no intervalo sem conversar com a imprensa e, após o apito final, poucos pararam na zona mista do estádio para falar com os jornalistas. A informação, divulgada pelo site do canal ESPN, foi confirmada pela Gazeta Esportiva.

Uma das reivindicações apresentadas pelo grupo de jogadores seria o pagamento de uma bonificação referente à vitória sobre o César Vallejo, que garantiu a equipe na fase de grupos da Libertadores. Por conta do pacto, as duas últimas entrevistas coletivas foram feitas pelos zagueiros Maicon e Diego Lugano. Os defensores não participaram do acordo, tanto que Lugano foi um dos jogadores a emitir uma opinião após o revés para o Strongest. Além do uruguaio, falaram com a imprensa no Pacaembu o goleiro Denis e os atacantes Alan Kardec e Calleri.

De acordo com a ESPN, a quebra do acordo por parte de alguns jogadores incomodou as lideranças do movimento. Entre os idealizadores da greve estariam os meias Paulo Henrique Ganso e Michel Bastos.

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O São Paulo diz desconhecer o pacto dos jogadores e alega que o elenco tem sido informado constantemente sobre a entrada de dinheiro em caixa. Segundo a diretoria, o Tricolor quitou no último sábado os valores de premiações referentes ao quarto lugar no Campeonato Brasileiro e à consequente classificação à pré-Libertadores.

O clube afirma que os atletas também foram comunicados que outros pagamentos serão feitos assim que o Conselho Deliberativo aprovar a venda dos direitos de transmissão das temporadas de 2019 a 2024, em reunião marcada para o próximo dia 23. O procedimento é necessário porque a decisão valerá além da gestão do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, que se encerrará em 2017.

Elenco x diretoria – O pacto de silêncio é mais um episódio a expor divergências entre o grupo de jogadores e os dirigentes do São Paulo nos últimos dias. Após a derrota para o Strongest, um assessor do presidente Leco, Rodrigo Gaspar, usou uma conta pessoal na rede social Twitter para ofender jogadores do clube. Nessa sexta-feira, Leco admitiu que Gaspar cometeu um erro, mas manifestou apoio ao assessor e assegurou que ele continuará no cargo sem sofrer sanções.

Leco esteve no CCT da Barra Funda e assistiu a todo o treino comando pelo técnico Edgardo Bauza nessa sexta-feira. Ele ficou sentado em um banco de reservas ao lado de Gustavo Vieira de Oliveira, diretor executivo de futebol. Tanto Leco quanto Oliveira fizeram pronunciamentos públicos recentemente e disseram ter confiança na capacidade do elenco de reverter o resultado ruim para o Strongest e buscar a classificação à próxima fase da Libertadores.