GazetaEsportiva.net
Xodó dos são-paulinos, o atacante Rogério pediu para a torcida tricolor cessar as vaias ao meia Michel Bastos nos próximos compromissos da equipe. Bastos foi autor de um gol de pênalti na vitória por 2 a 0 sobre o Novorizontino, mas voltou a ser alvo de protestos das organizadas que foram ao estádio do Pacaembu. De acordo com Rogério, o time tem dado todo o suporte necessário para o meio-campista superar as turbulências com os torcedores.
“O Michel Bastos precisa de força e da ajuda da torcida nesse momento. Creio que ele é um cara legal e que vem dando força ao grupo. Precisamos colar com ele para ajudar. Então é erguer a cabeça, ele é um grande jogador, jogou muito bem e nem sentiu isso. A torcida tem de entender e administrar essas vaias”, afirmou o atacante, que atuou como diante do Novorizontino.
Escolhido para conceder a entrevista coleta dessa quinta-feira, o lateral direito Mateus Caramelo declarou que os protestos dos torcedores contribuíram para deixar os jogadores mais unidos. Além das críticas das arquibancadas, os atletas tricolores enfrentaram questionamentos após a greve de silêncio feita após a derrota por 1 a 0 para o Strongest, pela Copa Libertadores. A manifestação foi organizada para demonstrar descontentamento com o atraso no pagamento de direitos de imagem do grupo.
“Os momentos difíceis pelos quais passamos serviram para o grupo crescer e se manter unido. O que foi visto dentro de campo [na partida com o Novorizontino] é o que acontece dentro dos vestiários. Todos estão muito concentrados para vencer as partidas”, disse Caramelo.
Apontado como um dos líderes do grupo nos vestiários, Michel Bastos discutiu com Lugano após o uruguaio não concordar com a manutenção da greve de silêncio após a derrota para os bolivianos. Bastos, então, foi poupado pelo técnico Edgardo Bauza da vitória por 1 a 0 sobre o Rio Claro, no último domingo, por apresentar um cansaço físico excessivo. Antes da partida, uma organizada do São Paulo protestou no Pacaembu e elegeu o jogador como um de seus principais alvos.
Contra o Novorizontino, Michel Bastos voltou a ouvir vaias das uniformizadas ao pegar na bola. Após o gol anotado no primeiro tempo pelo meio-campista, as organizadas entoaram cantos que diziam que o feito do jogador não era “mais do que uma obrigação”. Bastos concedeu entrevista depois do jogo e afirmou que não rebaterá a provocação das facções. “A resposta é dentro de campo”, declarou.