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Alexandre Lozetti
Apesar da promessa de reformulação, clube mantém todos os titulares de vexame contra o Corinthians: em nova fase, atletas formam base titular de Edgardo Bauza.
No dia seguinte ao maior vexame sofrido pelo São Paulo nos últimos tempos, a goleada de 6 a 1 do Corinthians, em novembro do ano passado, a entrevista do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva deu a impressão de que aquele jogo teria sido fim da linha para muitos jogadores.
O inconformismo com o resultado, e principalmente com a postura da equipe no estádio do rival, fez com que Leco batesse na tecla de um time comprometido para 2016. Ele mesmo falou, sem cerimônia, que gostaria de promover uma reformulação profunda para o ano seguinte.
Acontece que todos os titulares daquele domingo que o torcedor quer esquecer foram mantidos para 2016, e formam boa parte da base titular de Edgardo Bauza, esse sim, principal novidade. Do goleiro Denis ao centroavante Alan Kardec, os jogadores não só sobreviveram à promessa de reformulação como muitos deles assumiram papéis importantes no “novo” São Paulo:
denis
O goleiro sofreu os seis gols do arquirrival, numa atuação irregular, mas manteve-se em alta a ponto de a diretoria descartar a contratação de outro jogador da posição, e de ser escolhido pelo novo técnico, Bauza, como substituto do aposentado Rogério Ceni. Nesse início de ano, embora não tenha sido muito exigido, atuou com segurança e parece ter a torcida ao seu lado.
lucão
O jovem zagueiro teve a pior atuação individual naquela tarde. Na semana seguinte, foi vaiado implacavelmente pela torcida na vitória por 3 a 2 sobre o Figueirense. Na última quarta-feira, porém, teve o nome bastante gritado pelos são-paulinos, num sinal de trégua, antes do duelo diante do César Vallejo, pela Libertadores. A contusão de Breno e a condição física de Lugano, que só deverá estrear na próxima semana, devolveram o jovem de 19 anos ao time titular.
hudson
Outro jogador bastante criticado depois do 6×1, o volante parecia ter vida curta na equipe. Um reforço para sua posição era considerado prioridade. A pré-temporada, entretanto, mudou tudo. Edgardo Bauza disse publicamente que não fazia questão de outro volante. Hudson foi mantido, eleito melhor em campo no último jogo pela Libertadores, e usou a faixa de capitão no time misto escalado para enfrentar o Água Santa, pelo Paulistão.
wesley
Sempre que se falava em postura, o volante era um dos alvos principais. Substituído durante a partida de 2015, ele se encontra num processo de tentar dar a volta por cima. Elogiado na pré-temporada, continua no banco de reservas, mas tem conseguido dar nova cara ao Tricolor quando entra. Foi assim na última quarta-feira. Provável titular, diante da decisão do Patón de poupar alguns atletas, e agora com a camisa 11, o jogador ganhou sobrevida no clube.
michel bastos
Outro que foi acusado de pouco comprometimento em alguns momentos na última temporada, não apenas continua na equipe titular, como também herdou de Rogério Ceni, pelo menos por enquanto, a braçadeira de capitão. Também foi o responsável por bater um pênalti (e perder) no jogo passado. No setor do campo onde se sente mais confortável, Michel Bastos conta com o apoio do treinador argentino para voltar a fazer diferença a favor do Tricolor.
alan kardec
O atacante perdeu um pênalti no desastre são-paulino, mas desde sempre foi citado por dirigentes e outros jogadores como modelo de liderança e empenho a ser seguido. Iniciou a temporada como titular e só não atuou no jogo passado por conta de uma amigdalite. Elogiado por Bauza e com a forte concorrência do argentino Calleri, vive a expectativa de voltar à equipe nos momentos decisivos que se aproximam: clássicos e fase de grupos da Libertadores.