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Rafael Valente,
Na noite desta terça-feira, Abilio Diniz compareceu à reunião do conselho do São Paulo, no estádio do Morumbi, para falar com os conselheiros. Segundo apuração doESPN.com.br, ele pediu trégua e comunicou que não participará mais das decisões do clube tricolor. Somente no final do discurso é que fez críticas à diretoria, apontando falta de transparência especialmente no departamento de futebol.
Abilio Diniz foi a reunião desta terça-feira, a primeira no ano entre os conselheiros, convidado pelo presidente do órgão: Marcelo Pupo. Falou por cerca de 30 minutos.
De acordo com os presentes, Abilio pediu união ao conselho. Disse que o órgão deve ter força para representar os sócios e os torcedores e fazerem com que o São Paulo tenha uma boa gestão. Também avisou que essa foi a última ida dele ao conselho, que nunca desejou criar celeuma algum no clube, mas sim ajudar a diretoria a realizar uma boa gestão para o São Paulo passar essa fase crítica e se tornar uma referência mundial.
Apesar de se afastar, Abilio continuará como membro do conselho consultivo e também continuará pagando a PricewaterhouseCoopers, que faz uma auditoria no clube, e a McKinsey, que realiza trabalho de consultoria ao departamento de futebol.
Ao final do discurso, ele foi aplaudido e se retirou por volta das 21h, antes da conclusão da reunião entre os conselheiros. Ao encontrar a reportagem da ESPN no Morumbi, o empresário não comentou a participação na reunião. “Já dei o meu recado”.
Após a saída de Abílio Diniz, Newton do Chapéu, candidato derrotado na última eleição, pediu a palavra para apresentar documentos que apontam irregularidades no contrato da Far East, empresa que intermediou a vinda da Under Armour, e no pagamento de uma comissão para a contratação de Jorginho Paulista, há quase dez anos, época em que o atual presidente, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, fazia parte da diretoria do futebol.
Ambos os casos não faziam parte da pauta da reunião do conselho e não foram debatidos pelos conselheiros. O primeiro caso já é alvo de investigação da comissão de ética tricolor, que também investiga a briga entre o ex-presidente Carlos Miguel Aidar e o vice de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, em 5 de outubro, no Hotel Radison, em São Paulo.