UOL
Guilherme Palenzuela
Paulo Henrique Ganso recebeu o terceiro cartão amarelo no Paulistão e não poderá defender o São Paulo no próximo domingo, na Vila Belmiro, contra o Santos, seu ex-clube. O desfalque não poderia ser maior: o camisa 10 participou diretamente de nove dos 17 gols do time desde o início do ano. São seis gols marcados e três assistências.
A última das assistências saiu nesta quarta-feira (23), em passe para Jonathan Calleri fazer o gol tardio que deu a vitória por 1 a 0 contra o Botafogo-SP. Neste momento os números fazem de Ganso tanto o artilheiro como o líder de assistências do elenco são-paulino em 2016, na fase de maior destaque desde que foi contratado, em setembro de 2012.
O momento positivo do camisa 10 se opõe ao do clube, que vive situação delicada. O São Paulo faz a pior campanha de sua história na Copa Libertadores e corre risco de ser eliminado na fase de grupos. Também teve seu pior início desde 1985 no Paulistão. “Ele (Ganso) é um dos jogadores mais importantes do time. Hoje não fez gol, mas deu assistência, e pedimos pra ele exatamente isso, porque tem as condições para fazer”, falou o técnico Edgardo Bauza, após a última vitória.
Enquanto vê Ganso melhorar o desempenho em campo, o São Paulo intensifica conversas para tentar renovar o contrato do meia, que se encerra em setembro de 2017. Como noticiou o UOL Esporte, o camisa 10 recusou recentemente uma proposta de cerca de R$ 400 mil mensais – desde 2012 ele recebe R$ 300 mil. Após a recusa, há na diretoria são-paulina o temor de que as partes não consigam chegar a um acordo.
Antes da partida de quarta-feira o novo diretor de futebol Luiz Antonio da Cunha admitiu que existe a possibilidade de não conseguir renovar com o meia e disse que o episódio definirá a intensidade com que o São Paulo buscará reforços em breve – o clube dá a entender que investirá alto no mercado se souber que não chegará a acordo com Ganso.
“Temos a nossa realidade financeira. O jogador já sinalizou positivamente, tem interesse em ficar. Queremos renovar com o Paulo, porque é a partir dele que vamos organizar nossa reformulação. Se nosso maestro ficar, é a partir dele que traremos outros reforços. Se não ficar, teremos outro plano”, falou Cunha.