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O técnico Edgardo Bauza manteve o sistema 4-2-3-1, mas com uma variação importante. Com dois meias, o lado direito ficou muito mais solto, uma tentativa de aproximar os dois meias, Daniel e Ganso. Os dois jogaram por dentro, revezando-se na cobertura do lado direito defensivamente, quando o Botafogo tinha a bola. Muitas vezes, com os dois centralizados e Carlinhos pelo lado esquerdo, aberto como ponta, o volante Hudson escapava para ocupar a ponta direita.
A ideia era o revezamento, não manter fixos os meias e os volantes. Ofensivamente, o resultado foi quase nulo. No primeiro tempo, o São Paulo chutou três vezes no alvo.
Em termos de controle de jogo, Bauza conseguiu fazer seu time empurrar o Botafogo para o campo de defesa e teve 67% de posse de bola, mas o lance de mais perigo no primeiro tempo foi um chute de Serginho, num contra-ataque puxado justamente no setor de Hudson, o volante mais móvel.
Não está bom ainda e também há espaço demais entre a linha dos meio-campistas e os zagueiros, bem mais recuados.
Foi assim até Daniel ser substituído por Alan Kardec. O São Paulo prosseguiu sem criatividade, poucas chances de gol, à exceção de um bom chute de pé esquerdo de Ganso. Três chutes ao gol do camisa 10 do São Paulo, o triplo do que fazia, estatisticamente, no ano passado.
Mais do que a finalização, valeu para Ganso o passe para Calleri, em dificuldade, finalizar. Antes do jogo, Lugano disse que uma das coisas que precisavam mudar era a sorte. Mudou. Calleri acertou o gol e marcou pela quarta vez coma camisa do São Paulo na última bola antes dos acréscimos. Mesmo sem o São Paulo mostrar muita evolução antes disso.
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