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Marcelo Hazan e Marcelo Prado
Número é referente a 2015. Clube comemora redução de R$ 28 milhões no prejuízo em relação a 2014, e presidente poderá ser investigado por comissão paga a empresa
O Conselho Deliberativo do São Paulo aprovou por unanimidade na noite de terça-feira o balanço contábil referente ao ano de 2015. O clube fechou o ano passado com um déficit de R$ 72 milhões, o que foi comemorado pelo presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, pois houve uma redução nos débitos. Em 2014, o relatório apontava um prejuízo de R$ 100 milhões.
As contas são referentes, em grande parte, ao período que o clube teve Carlos Miguel Aidar como presidente. Ele comandou a equipe do Morumbi até outubro de 2015, quando renunciou e foi substituído por Leco, que depois seria eleito para cumprir mandato até abril de 2017. É preciso ressaltar, no entanto, que o balanço não representa a dívida total do clube, que é estimada em R$ 270 milhões.
Leco comemorou o resultado do balanço, principalmente porque mostra que o trabalho de reestruturação que está sendo feito dentro do clube está começando a surtir o efeito desejado.
Na mesma reunião, no entanto, o presidente do Comitê de Ética do clube, Marcelo Pupo, abriu processo contra o atual mandatário são-paulino. Isso porque em 2003, quando era diretor de futebol, Leco aprovou que fosse paga uma comissão de R$ 732 mil a empresa que intermediou a contratação do lateral-esquerdo Jorginho Paulista. Corrigido, o valor chegou a R$ 2 milhões e foi pago no ano passado. O caso será analisado por José Roberto Ópice Blum, que decidirá se haverá ou não uma investigação.