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Marcelo Hazan
Meia recém-promovido substituiu camisa 10 em sua estreia como profissional. Agora, quer formar dupla com ídolo. Novatotorce para que amigo da base seja promovido
(Foto: Marcelo Hazan)
O meia Lucas Fernandes, do São Paulo, tem apenas 18 anos, mas chegou o time principal com moral, amparado pelos quatro títulos que consquistou com o time sub-20 no ano passado. Promovido pelo técnico Edgardo Bauza, o novato estreou no empate por 1 a 1 com o Ituano, no último domingo. Aos 41 minutos do segundo tempo, substituiu Paulo Henrique Ganso, justamente seu ídolo. Agora, ele tem o sonho de atuar ao lado do camisa 10, oportunidade que pode surgir nesta quarta-feira, diante do Botafogo-SP, às 21h45, no Pacaembu.
– Não imaginei que o Ganso sairia. Tive que ir (risos). Espero que a próxima oportunidade possa ser do lado dele, para realizar um sonho. Ele me tratou bem. Às vezes, bate bola e conversa comigo. Faço perguntas e assim vou pegando intimidade. É um cara em quem me espelho nesse time. Primeiramente pela qualidade técnica. É absurdo o jeito que o Ganso trabalha com a bola. E também pela pessoa. É um cara bom, sábio – elogiou.
O ambiente e a rotina de Lucas Fernandes mudaram. Além de trocar o CT de Cotia, da base, pelo da Barra Funda, dos profissionais, o meia diz que as atividades diárias são diferentes. Ele explica que, na base, os treinos são maiores. No profissional, as atividades são mais específicas.
O que não mudou é a sua ligação com o clube. Natural de São Bernardo do Campo, ele mora no alojamento do Tricolor dentro do CT.
– Meu próximo sonho é me firmar como titular. Mais para frente, quem sabe, pegar Seleção e representar o meu país. É importante ter objetivos traçados para a nossa carreira, senão fica sem sentido. Temos de traçar algo e ir atrás – afirmou.
Para Lucas, os jogadores criados na base do clube têm mais dificuldade na busca de espaço por conta da forte concorrência. Mas ele diz que a qualidade do time sub-20 e a aprovação da torcida foram importantes para seu sucesso.
Agora, o jovem acredita que a promoção de Luiz Antonio da Cunha, antigo diretor de futebol da base que assumiu o comando do profissional, pode evidenciar o trabalho dos seus ex-companheiros da base. Assim, espera ver em breve o atacante David Neres ao seu lado. Os dois formaram dupla fundamental no título da Libertadores sub-20.
– Por mim viriam todos, porque são excelentes jogadores. Um que tenho fé que vai estar aqui é o David (Neres), meu parceiro. Jogamos juntos desde o sub-14. Era sempre eu e ele no ataque ou na meia. Ele sabe que logo pode estar aqui, se continuar na mesma pegada. Tenho certeza que mais colegas estarão aqui comigo.