GloboEsporte.com – Marcelo Prado
O São Paulo definiu a demissão de Milton Cruz nesta quinta-feira. No início do ano, o profissional foi deslocado da função de auxiliar técnico para comandar o núcleo de análise de desempenhono clube, departamento recém-criado. Ele não viajava com o time para viagens fora de casa, mas seguia participando dos treinamentos do Tricolor ao lado de Edgardo Bauza, no CT da Barra Funda.
Auxiliar e interino após demissões de treinadores, Milton Cruz estava há 22 anos no São Paulo. Sua saída era cogitada desde a administração do presidente Carlos Miguel Aidar. A boa relação com o ex-técnico Juan Carlos Osorio e a consequente classificação para a Taça Libertadores no fim de 2015, quando assumiu o time interinamente, após a queda de Doriva, o ajudaram a se manter no clube.
A forte ligação com o empresário Abílio Diniz, desafeto de Aidar e agora rachado com o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, deixou Milton mais isolado. Sem participar do processo de contratações dos novos jogadores como antigamente, o profissional perdeu importância na visão da diretoria.
A saída de Milton Cruz marca o fim de uma era no clube. A mudança faz parte da reestruturação do futebol profissional prometida por Leco. Nesta segunda-feira, ao apresentar Luiz Antonio da Cunha no CT da Barra Funda, o mandatário disse que todos departamentos, incluindo o de análise de desempenho, estavam sendo observados. Ele também prometeu mudanças no elenco até o meio do ano.
Antes de Milton Cruz, o antigo vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro deixou o futebol. Agora ele é diretor de relações institucionais. Rubens Moreno também saiu do clube.
Para mim, mais um gesto de incompetência da diretoria.