Por imagem melhor, Michel diz não ter “nenhuma vontade” de sair do Tricolor

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GazetaEsportiva.net

Edoardo Ghirotto

Michel Bastos disse que não teve vontade de deixar o São Paulo após as críticas da torcida (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)
Michel disse que não teve vontade de deixar o São Paulo após as críticas da torcida (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)

Criticado pelas torcidas organizadas do São Paulo, Michel Bastos teve a oportunidade de deixar o clube ao receber uma proposta do Internacional e sondagens do Santos. Mas o interesse do jogador em continuar no time pesou para que as negociações não fossem adiante. O meio-campista disse que tem vontade de seguir no Tricolor para melhorar a imagem junto aos torcedores e recuperar o prestígio que tinha antes do início dessa temporada.

“Estou evitando ter contato com outros clubes, porque tenho foco no São Paulo. Nunca saí de nenhum time com a situação que eu vivo aqui. Se amanhã tiver que sair, eu quero ir pela porta da frente e bem. Eu não tenho nenhuma vontade de sair do São Paulo nessa situação. Fico lisonjeado pela procura dos clubes, mas a prioridade é ficar aqui”, disse o jogador.

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A diretoria tricolor também não se mostrou disposta a negociar Michel Bastos. O presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, recebeu um telefonema do mandatário santista, Modesto Roma, e descartou qualquer chance de negócio. Já a proposta do Inter, que envolveria uma troca pelo meia Alex, foi rejeitada pelo ex-vice-presidente de futebol, Ataíde Gil Guerreiro. A oferta colorada provocou uma confusão no São Paulo, já que o ex-vice esqueceu de avisar ao executivo Gustavo Vieria de Oliveira sobre a negativa. Após a gafe, Guerreiro perdeu o cargo e foi remanejado para as relações institucionais.

Cobranças – As críticas de que estaria fazendo “corpo mole” já estão no passado para Michel Bastos. O jogador voltou a dizer que ficou chateado com as ofensas pessoais que foram dirigidas a ele pelas organizadas, mas ressaltou que um atleta do São Paulo está sujeito aos questionamentos. Antes de um jogo contra o Rio Claro, no Pacaembu, uma uniformizada realizou um protesto contra o time e levou à manifestação um “cover” de Bastos. O sósia bebia cerveja e era apelidado de “Migué”.

“É preciso estar preparado para as críticas quando se joga num clube grande como o São Paulo. Não posso fugir disso. É normal que eu seja cobrado pela confiança que a comissão técnica, jogadores e até torcedores têm no meu futebol. Fiquei chateado com o fato de as coisas fugirem desse lado. Estavam atacando não o jogador, mas um pai de família. Isso me machucou. Se enxergar que não tenho mais espaço e que não sou mais bem-vindo, então eu prefiro sair. Mas hoje não é o caso. Sei que muitos confiam no meu trabalho. Vejo meu nome sendo falado por aí, mas o foco está em mudar minha situação no São Paulo. E farei isso jogando bola”, concluiu.