UOL
Vitor Birner
Treinador e elenco
Bauza quer o time tocando a bola por fora das linhas dos oponentes.
A ideia é permanecer com ela, forçar os lances pelos lados, espalhar o sistema de marcação para criar lacunas, inclusive no meio, e as oportunidades.
É nítido que a implementação da proposta ainda precisa tempo para ser aperfeiçoada. O volume de jogo ofensivo, assim como o repertório, não bastam para a agremiação conseguir o que a torcida almeja.
Tudo isso é normal se levarmos em conta o estrago da gestão anterior, e a adaptação de Bauza que precisa conhecer as reações dos atletas e principalmente a cultura da ‘boleiragem’ nacional, a mesma que por óbvios motivos a maioria abandona aqui quando arruma emprego na Europa.
O São Paulo não pode mais admitir que os jogadores deixem menos que tudo no gramado. A questão vai muito além de correr e ganhar divididas. É urgente o aumento da solidariedade, entre eles, constante como parte da personalidade do coletivo que é necessário formar.
Qualquer passo para trás dos que deu adiante em Buenos Aires, na questão da postura, mostrará que nem todos no elenco têm profissionalismo para esquecer na porta do vestiário as mazelas e honrar o manto sagrado tricampeão da Libertadores.
Isso precisa ser padrão. As dificuldades na articulação e as técnicas, como as de Hudson na cobertura e do Centurión na qualidade do cruzamento, serão solucionadas, talvez não com ambos em campo, ao longo da temporada, se houver auxílio de todos.
Contraditoriamente, apesar de valorizar a posse de bola, o time cria mais quando tem o contra-ataque. Os levantamentos tem sido a maior fonte de chances e o elenco pode fazer mais.
Los Guerreros de la Montaña
O Trujillano ofereceu resistência ao River Plate enquanto o goleiro Díaz não falhou. Diante do The Strongest em La Paz, perdeu por 2×1. Em ambos .se posicionou no 4-4-2.
A agremiação gigante tem a obrigação de ganhar, e para isso precisa manter a concentração e a competitividade no minimo iguais as da maior parte da partida anterior pelo torneio.