Rampa B

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Estreio esta coluna hoje a convite do amigo Artur Couto, responsável por permitir que o site que fundei em 1996 chegasse aos 20 anos de existência, pois da turma da velha guarda Artur foi o único que permaneceu ininterruptamente envolvido com a SPNet, de modo que só lhe posso ser grato.


outdoor spnet

A frase deste outdoor reflete o momento atual do São Paulo, mas ele é de 12 anos atrás. Ao longo de seus 20 anos, a SPNet encampou algumas iniciativas para manifestar o sentimento da torcida tricolor. Uma delas ocorreu em 2004, quando foi colocado o outdoor acima em frente ao Centro de Concentração e Treinamento da Barra Funda com a frase: “Queremos contratações e títulos!”. Deu sorte, pois no ano seguinte o São Paulo foi tricampeão mundial.


 

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Tenho ouvido comentários de que o time atual do São Paulo é o “pior da história”. Quem diz isso não viu o time do segundo semestre de 1995. Além de morto e apático igual ao time atual, tecnicamente era sofrível, situação agravada com as vendas de Juninho e Caio para o futebol europeu. Ver aquele ataque com Cláudio Moura e Amarildo não era fácil, ainda mais para quem estava acostumado com a fase brilhante do Tricolor na América e no mundo nos anos anteriores.


 

Por falar no time de 1995, lembrei-me de um atacante chamado Luciano, que veio para o São Paulo emprestado pelo Vila Nova. Apareceu do nada, fez três gols em dois jogos seguidos – contra Cruzeiro e Grêmio – e parecia que ia se firmar e se tornar um grande jogador. Mas sumiu. Tenho este jogador na memória porque fui a Porto Alegre ver o jogo contra o Grêmio, o São Paulo perdeu de virada por 2 a 1 e Luciano fez o gol. Alguém sabe do paradeiro dele?


 

Para quem se interessa pela história tricolor, o livro “Os Reis do Pacaembu“, de Felipe de Queiroz, é leitura obrigatória. Além de ser um dos melhores livros já escritos sobre o São Paulo, retrata uma fase especial da trajetória são-paulina, a década de 1940, tempos de Leônidas da Silva, Sastre, Renganeschi, Bauer, Noronha, Teixeirinha, entre outros que marcaram época com o manto sagrado naqueles tempos pré-Morumbi.

 


Em 20 de março de 1992, o São Paulo empatou em 1 a 1 com o Bolívar em La Paz. Era o terceiro jogo da fase de grupos da Libertadores. Três dias antes, o Tricolor vencera o San José, em Oruro, por 3 a 0, se reabilitando da derrota sofrida para o Criciúma na estreia, também por 3 a 0. Hirano abriu o placar para o time local aos 15 do primeiro tempo. Raí empatou, cobrando falta, aos 38 da etapa final. O Tricolor jogou aquela partida com Zetti; Cafu, Antônio Carlos, Ronaldo e Nelsinho; Adílson, Pintado, Suélio (Macedo) e Raí; Palhinha e Elivélton (Catê).

https://www.youtube.com/watch?v=Cx_LZ6ZTCl4


 

Fernando Alécio

Fernando Alécio é jornalista e fundador da SPNet.

ATENÇÃO: O conteúdo dessa coluna é de total responsabilidade de seu autor, sendo que as opiniões expressadas não representam necessariamente a posição da SPNet ou de sua equipe de colaboradores.