São Paulo quer sinalizar comando e meritocracia com mudanças no futebol

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globoesporte.com

Marcelo Hazan

Com reestruturação no departamento de futebol, clube quer respeito à hierarquia, estimular atletas a melhorar e cobrança por resultados

Carlos Augusto de Barros e Silva, Leco, presidente do São Paulo (Foto: Marcos Bezerra/Futura Press)

Carlos Augusto de Barros e Silva, Leco, presidente do São Paulo (Foto: Marcos Bezerra/Futura Press)

O São Paulo reestrutura seu departamento de futebol antes de mexer no elenco, desejo do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, até o meio do ano.

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A intenção com as mudanças é sinalizar a mensagem de comando, meritocracia e capacitação, modelo a ser seguido daqui para frente.

A cúpula está insatisfeita com o comportamento de parte do elenco e principalmente os resultados do ano. O São Paulo tem seu pior rendimento da história na fase de grupos da Taça Libertadores e está ameaçado de eliminação, com dois pontos em três jogos.

Por isso, a diretoria espera que as modificações tenham efeito de estímulo a melhora geral de todos integrantes do futebol e fim do que se classifica como acomodação. A promessa é de cobrança por resultados e respeito às ordens.

Até agora, Ataíde Gil Guerreiro saiu da vice-presidência para a diretoria de relações institucionais, Rubens Moreno foi substituído por Luiz Antonio da Cunha como diretor de futebol, e Milton Cruz foi demitido após 22 anos no Tricolor. A saída de Milton, inclusive, foi uma condição imposta por Cunha a Leco para assumir o novo cargo.

Agora, o clube busca um novo profissional para compor o departamento. Pintado, técnico do Guarani, foi convidado e é um dos favoritos. A intenção é contratar um ex-jogador para estar próximo ao elenco no dia a dia.

Além de participar da saída de Milton Cruz, Cunha nos primeiros dias também conversou com Michel Bastos para dar confiança ao meia, cercado por polêmicas nas últimas semanas. O papo agradou ao jogador, sem intenção de sair do clube apesar de ter sido alvo do Internacional e outros times.

O novo diretor também falou abertamente sobre a negociação para renovar com Paulo Henrique Ganso. Cunha disse que não há uma negativa final do camisa 10, nem uma proposta definitiva do Tricolor. Internamente, o clube diz que há encontros e desencontros nas tratativas. Foram oferecidos R$ 400 mil ao atleta, cujos vencimentos atuais são de cerca de R$ 300 mil desde setembro de 2012, valor abaixo do que Wesley e Alan Kardec recebem, por exemplo.

Com vínculo até setembro de 2017, Ganso levará em conta nas conversas um aumento salarial, valor da multa, tempo do novo contrato e até uma eventual porcentagem de uma futura venda para acertar.